Por edsel.britto

Rio - Não foi um clássico de alto nível técnico. Mas, no dia do aniversário da cidade, honrou as suas tradições pela garra dos jogadores e pela festa das torcidas. E a vitória do Botafogo foi inteiramente justa pela superioridade no segundo tempo e porque mostrou mais audácia e vontade na parte final do jogo. Na etapa inicial, o Flamengo apareceu melhor apenas pelo volume e posse de bola, mas quase sem ameaçar Jefferson.

O técnico René Simões, ao sentir a falta de poder ofensivo e a apatia de Diego Jardel, teve coragem e bom senso para substituí-lo por Sassá antes do intervalo e o garoto começou a mudar o jogo. No segundo tempo, o Flamengo veio sem Gabriel, que jogava bem, substituído por Arthur Maia, e nada adiantou. O Botafogo melhorou e criou chances, apesar do futebol dispersivo de Bill e Jobson.

No duelo dos técnicos%2C René Simões levou a melhor sobre Vanderlei Luxemburgo e saiu com a vitória no clássicoAndré Mourão

Depois de uma bola na trave, o Botafogo fez o gol da vitória, num chutaço de Tomas com a colaboração de Paulo Victor. René ainda ganhou de Vanderlei porque se deu bem com a entrada de Gegê no lugar de Jobson, enquanto a substituição de Alecsandro por Eduardo da Silva acabou por matar o Flamengo.

SEM CONVENCER

Apesar dos esforços de Cristóvão Borges, que lançou um time com muitos garotos, o Fluminense repetiu erros e irritou a torcida praticamente o tempo inteiro. Teve mais posse de bola sem objetividade e sofreu contra-ataques perigosos do Resende, alguns salvos por Cavalieri. Kenedy, Gerson e Vinicius até se esforçaram, mas ainda não se encaixaram no novo esquema e nas necessidades do ataque. No fim, Walter entrou para ajudar no gol de Wellington Silva. Uma vitória sofrida.

COM VONTADE

Apesar da queda de produção na etapa final, o Vasco mostra, a partir da vitória sobre o Fluminense, postura guerreira e confiante. E, se Gilberto não falhasse nas conclusões, teria obtido vitória folgada sobre o Bangu. Apesar da vontade, o time ainda se ressente de qualidade e eficiência no ataque e Marcinho, de novo, foi figura apagada. Mas os zagueiros de área não só foram bem na defesa como apareceram com oportunismo para deixar o Vasco bem na tabela. E animar a torcida.

SEM TALENTO

O fato de que a maior parte dos estrangeiros titulares no futebol europeu pertence ao futebol brasileiro diz apenas que continuamos como fábrica de bons jogadores, mas desenvolvidos de forma bizarra e antinatural. E revela a falta de estrutura no país, incapaz de prepará-los de forma adequada, inclusive nas habilidades naturais. E, lá fora, perde-se parte do seu potencial. Até na hora da Seleção há dificuldades de escalar craques. Há muitos bons jogadores, raros fazem diferença.

OS MELHORES

Após as perdas do Cruzeiro, a pergunta é: qual é o melhor time do futebol brasileiro? Se os mineiros eram absolutos, agora podem dividir a honra com o Corinthians de Tite, embora a diferença para os outros seja pequena. Os gaúchos não se firmaram, o Galo sofreu muito com a venda de Tardelli, o São Paulo exibe falta de entrosamento e de fúria e, no Rio, o Flu se enfraqueceu e o Fla não tem ainda padrão nacional. Por isso, Cruzeiro e Corinthians, apesar de tudo, se destacam.

VÔLEI DE PRAIA DO BRASIL DEU SHOW EM COPACABANA

Domingo de sol, belo cenário na praia e os jogos finais do desafio Melhores do Mundo mostraram que o Brasil tem chances concretas de conquistar o ouro olímpico. No masculino, a união da técnica de Pedro Solberg com a força e a capacidade de bloqueio do gigante Evandro promete dupla maravilhosa. Aliás, Evandro pode ir mais longe do que todos até hoje. No feminino, Larissa e Talita nem precisaram ser brilhantes para bater as inexperientes americanas também por 2 a 0.

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