Por fabio.klotz

Rio - Não se pode dizer que a Seleção ainda viva na ressaca do monumental mico da Copa, embora a lembrança esteja sempre presente com um gosto amargo. Mas o momento atual traz uma sensação de indiferença, pelo menos até que sobrevenha uma fase realmente gloriosa. Até porque não há mais grandes ídolos no país e raros jogadores são convocáveis.

Jefferson é um possível nome na convocação da seleção brasileiraSatiro Sodré / SS Press

No Rio, só Jefferson. Em São Paulo, Gil e Jadson, no Corinthians, e, talvez, Robinho, no Santos. Minas se anulou na perda de jogadores importantes, como Everton Ribeiro, Lucas Silva e Diego Tardelli. No exterior, as novidades não são exatamente estreantes, apenas jogadores que vêm se destacando recentemente, como Philippe Coutinho e Danilo. Neymar segue sendo a estrela máxima e solitária. Mas só Neymar é muito pouco.

Dupla inesquecível

Sem fazer comparações entre Léo Moura e Zico, a verdade é que a festa desta quarta-feira, no Maracanã, teve sabor especial para a torcida do Flamengo ao juntar os dois craques. Despedida de um e aniversário do outro, ídolo maior do clube e também do próprio Léo. E nunca é demais celebrar jogadores como esses, símbolos de amor ao clube ao qual serviram por longos anos.

Escolha com foco

Na boa fase do Botafogo, que não deve ser superestimada e exige tempo para avaliação definitiva, destaca-se o trabalho da comissão técnica pelo preparo físico e, com a supervisão de Antônio Lopes, a escolha de jogadores que se destacaram na Série B - casos de Tomas e Rodrigo Pimpão. E também a diretoria, que saiu do caos para uma sobrevivência digna.

Taxas desiguais

Os clubes grandes deveriam se unir para conseguir da TV melhores taxas e horários mais compatíveis com o interesse do torcedor. E há também tendência de destinar taxas exageradamente maiores aos clubes de massa, como Fla e Corinthians. Isso cria um abismo, diminui a força de muitos e pode gerar um futebol com poucos clubes de relevância.

Lição de dignidade

O vôlei é o esporte mais organizado do país, mas também sofre de mazelas e episódios constrangedores. É o caso do Araraquara, lanterna da Superliga, que ficou sem patrocínio e mal pôde se organizar, sem apoio da confederação. Salários atrasados, falta de estrutura, mas ninguém jogou a toalha, como na bela partida contra o Minas (derrota por 3 sets a 1).

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