Por pedro.logato

Rio - O clássico vovô de domingo traz situações distintas: o Botafogo, em fase excelente no Carioca, precisa confirmá-la sob o olhar cético de muitos. O Fluminense, com uma campanha abaixo da expectativa, sofre com a perda de Conca e Sóbis. Cristóvão Borges ainda não conseguiu acertar uma formação e vai apostar nos garotos Kenedy e Gerson, contando com a experiência de nomes como Jean, Wagner e Fred. Mas pode se garantir mesmo com a zaga reforçada pela volta de Marlon. Fundamental será a determinação do grupo, até agora abaixo do desejável. O Botafogo tem elenco inferior mas mostrado boa mistura de humildade e determinação, que o levou a expressivas vitórias. Mérito do comando técnico que tem René Simões como inspirador. O time vai ficando conhecido da torcida e pode render mais. Deve-se respeitar a escalação de hoje, pois Diego Jardel pisou na bola, Sassá rende mais entrando durante o jogo e Gegê, aposta do clube, ganha outra grande chance. Só depende dele se firmar.

René vem sendo muito elogiado no BotafogoDivulgação

ALMA FEMININA

Este domingo é Dia Internacional da Mulher, figura que deve ser exaltada como fonte de amor e criação. Para o futebol, ela é fundamental, primeiro porque não se tem notícia de tumulto nos estádios com o protagonismo feminino. Além disso, a sua presença traz a família — seja com os seus parceiros, seja com filhos — e isso, além de gerar lucros, torna tranquilo e agradável o ambiente nos estádios. Qualquer homenagem será pequena para reverenciar as mulheres.

FIRMEZA

Doriva tem tomado decisões acertadas na escalação do Vasco e, depois de arrumar uma posição para Gilberto, barrou Bernardo, que oferece mais problemas do que soluções. Com Julio dos Santos, Serginho e Guiñazu fica forte na marcação e pode armar um esquema leve e solto no ataque. Depois, é esperar para colocar Dagoberto, que escolhe posição. O Bonsucesso não traz perigo aparente e depois, com a dupla Berto-Berto, o Vasco pode virar forte candidato ao título.

O ESQUECIDO

Everton Ribeiro, ao contrário do que se esperava, não foi convocado por Dunga para os amistosos com França e Chile, mas isso não deve ser motivo de apreensão. Ele foi destaque em dois anos no Brasileiro e o seu futebol merece a Seleção, mas a mudança de clube afetou a sua condição física. Dunga não vai esquecê-lo facilmente. Nem ele e nem Ricardo Goulart ou Lucas Silva. O nível da trinca é alto e basta que continuem brilhando lá fora. Eles são uma reserva de qualidade.

O CHINÊS

Há algumas preocupações em relação a Diego Tardelli, o primeiro brasileiro na China lembrado para a Seleção. É verdade que tal lembrança foi muito pouco tempo depois de sua ida, o que não dá para avaliar os efeitos do longínquo local de trabalho. Além disso, na época das Eliminatórias, será difícil Tardelli conciliar suas atividades do clube com as exigências de maior tempo e treinamento na Seleção. Mas vale o esforço dos envolvidos porque, com o seu atual futebol, Tardelli é importante.

OS CARTOLAS PARECEM SEMPRE OS MESMOS

O Santos, que parecia estar em recuperação, livrou-se do técnico Enderson Moreira. Não havia problema com os jogadores, só desacertos com os dirigentes e queixas internas pelo seu alto salário. Ora, por que não se importaram com isso antes? Enderson fez ótimo trabalho em Goiás, mas, em Porto Alegre e em Santos, não lhe deram tempo para trabalhar. Ele faz parte da nova geração, mais teórica, que poderia começar a mudar nossa insípida rotina. Mas continuamos sem opinião conclusiva.

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