Por pedro.logato

Rio - A goleada de 7 a 1 para a Alemanha e a prisão do ex-presidente José Maria Marin são chagas abertas na CBF. Sem remédio capaz de acelerar o processo de cicatrização, Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, tenta no discurso esconder os ferimentos e esconder a dor, como fez também a direção da entidade ao retirar o nome do dirigente da fachada da sede. Nesta segunda, quando a delegação chegou à Granja Comary, onde fará a preparação para a Copa América, primeira competição oficial após a Copa, o braço direito do técnico Dunga pouco falou de futebol.

Seleção brasileira se reapresenta nesta segunda-feira%2C na Granja ComaryVitor Machado

“A Fifa que orientou a retirada do nome. A CBF apenas cumpriu o protocolo”, disse Gilmar, com o semblante sereno e respostas padrão — previstas na bula que lhe serve de cartilha — às perguntas que tocavam na ferida.

O tratamento, porém, só será eficaz com altas doses de bom futebol e resultados positivos a partir de domingo, quando a Seleção faz amistoso com o México, em São Paulo. Em seguida, o time pega Honduras, dia 10, em Porto Alegre, e depois embarca para o Chile, onde estreia na Copa América contra o Peru.
“A CBF está voluntariamente prestando informações aos órgãos competentes. Nossa parte é técnica, de futebol. A CBF está nos dando condições de trabalho, tranquilidade e a autonomia possível”, afirmou Gilmar.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, era esperado para o almoço de ontem, na Granja. Ele, no entanto, adiou a viagem a Teresópolis. Sem muita convicção, Gilmar disse achar que o dirigente ainda marcará presença na preparação. A conferir.

Neymar, astro principal do time, só se juntará ao grupo dia 8, em Porto Alegre, por causa da final da Liga dos Campeões.

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