Por pedro.logato

Rio - No último treino na Granja Comary antes de a Seleção embarcar para São Paulo, Dunga finalmente deu pistas do time que enfrentará o México, domingo, na Arena Palmeiras. Na atividade realizada na tarde desta sexta-feira, o treinador comandou um trabalho tático com nove jogadores de cada lado, por falta de quórum. Ele escalou entre os titulares Danilo, Miranda, David Luiz e Filipe Luís na defesa, como já havia feito em trabalho tático na quarta-feira pela manhã. Para o meio, optou por Fernandinho, Elias, Philippe Coutinho e William. Diego Tardelli ficou solitário na frente. Durante a Copa América, a vaga em aberto será de Neymar, capitão e estrela da companhia, mas para o próximo jogo, Firmino deve ser o escolhido.

Seleção brasileira se prepara para enfrentar o MéxicoErnesto Carriço

Não ficou claro na atividade, mas Jefferson deve ser o dono da camisa 1. Robinho continua em tratamento e mais uma vez não foi a campo. Douglas Costa se apresentará sábado, em São Paulo. Já Neymar só se juntará ao grupo segunda-feira, em Porto Alegre. Thiago Silva, capitão na Copa Mundo, ficará no banco de reservas. No discurso, o zagueiro garante que não se incomoda com a barração, embora o desconforto transpareça nas entrelinhas.

"Não incomoda, mas é uma situação um pouco diferente para mim. O mais importante é ter a consciência tranquila de que sempre dou o meu melhor quando tenho oportunidade. Acho que fui para o banco por causa da lesão. Foi meu grande erro, quis jogar o segundo jogo da temporada, um amistoso contra o Napoli, e me machuquei. Outros foram convocados e deram conta do recado. Isso me dá mais força para trabalhar e de alguma forma tentar retomar meu lugar."

Thiago Silva não estava em campo na derrota vexatória para a Alemanha por 7 a 1, na semifinal do Mundial, em 2014. Mesmo assim, foi um dos jogadores que mais ficaram marcados negativamente. Com a faixa de capitão no braço, chorou copiosamente antes da disputa de pênalti contra o Chile, nas oitavas de final, e ainda pediu para não estar entre os batedores. Perguntado se achava que o episódio havia contribuído para que ele perdesse espaço, o zagueiro entrou de sola:

"Tem que perguntar para o Dunga qual foi a opinião dele em relação a isso. Não me arrependo de nada que fiz na Copa, ao contrario, tenho orgulho de tudo que fiz e a minha equipe também. Saímos de forma inesperada, machucou todo mundo, e procuram alguém para criticar e botar para baixo. O choro foi contra o Chile, jogo que ganhamos. Ficou marcado, mas tenho consciência tranquila, sempre em campo dou a vida, com qualquer camisa, mas principalmente com a da Seleção."

A delegação brasileira embarca neste sábado para São Paulo. Após o jogo contra o México, vai a Porto Alegre, onde enfrenta a seleção de Honduras no Beira-Rio, quarta-feira. Na sexta, a delegação parte rumo ao Chile onde, dia 14, estreia pela Copa América diante do Peru.

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