Por pedro.logato

Rio - Craque eterno da seleção brasileira, Didi foi imortalizado por sua categoria em campo, seus chutes que lembravam uma folha seca e por uma frase muito utilizada até os dias de hoje: “Treino é treino, jogo é jogo”. A seleção brasileira do técnico Dunga parece não entender essa máxima do futebol. Nesta segunda passagem pelo time brasileiro, mais uma vez, a equipe brilha quando o jogo não vale nada, mas deixa a desejar quando tem três pontos em jogo.

Ao retornar à seleção brasileira é verdade que Dunga herdou o peso de duas derrotas acachapantes — Alemanha (7 a 1) e Holanda (3 a 0) sofridas em casa na Copa do Mundo de 2014 ainda na gestão Luiz Felipe Scolari.

No início, ótimos resultados e boas atuações. Em amistosos. Dunga conseguiu 100% de aproveitamento ao vencer 12 adversários — Colômbia, Equador, Japão, Turquia, Áustria, Argentina, França, Chile, México, Costa Rica e Estados Unidos. Foram 26 gols a favor e três contra.

Retrospecto de Dunga já foi melhor na SeleçãoEstefan Radovicz / Agência O Dia

Porém, nos cinco jogos que a Seleção fez que valiam alguma coisa foram duas vitórias, um empate e duas derrotas com eliminação precoce na Copa América diante do Paraguai e estreia nas Eliminatórias da Copa contra o Chile. O aproveitamento é de 46,6%. Para se ter uma ideia, os números seriam semelhantes ao do Sport, décimo colocado no Campeonato Brasileiro.

Além disso, as análises do treinador não são coerentes com as atuações da equipe. Após a queda da Copa América para o Paraguai, a relativização da eliminação. Contra a Venezuela pela mesma competição, o Brasil tomou sufoco e terminou o jogo com quatro zagueiros em campo. Na quinta, contra o Chile, o treinador falou em jogo parelho em uma partida que a Seleção acertou um chute na direção do gol.

A grande diferença nas campanhas entre os jogos oficiais e não-oficiais aconteceu também na primeira passagem de Dunga pela seleção brasileira entre 2006 e 2010. Nos amistosos, o aproveitamento da seleção foi de 84,6%. Foram 21 vitórias, três empates e duas derrotas. Vale ressaltar que neste período, a Seleção enfrentou times do quilate de País de Gales, Gana, Irlanda, Canadá, Venezuela, Estônia, Zimbábue e Tanzânia.

Nas partidas oficiais, Dunga teve bons números embora bem abaixo dos amistosos. O aproveitamento foi de 70,5% com 21 vitórias, nove empates e quatro derrotas. De quebra, o treinador ajudou a Seleção a conquistar dois títulos: Copa América e Copa das Confederações.

Nas ruas, torcedores pedem a saída do treinador

Nas ruas do Rio, o técnico Dunga é o motivo principal da insatisfação dos torcedores com a seleção brasileira. O atual comandante não foi poupado das críticas e muitos duvidaram até mesmo da classificação do Brasil para a Copa de 2018, na Rússia.

“Acredito que, se não mudarem o treinador e a comissão técnica, o Brasil corre o risco de ficar de fora da Copa”, preocupa-se o ajudante administrativo Leonardo Ferreira, de 32 anos.
Para o jogo de terça-feira contra a Venezuela, Dunga deve ter que mexer na zaga. Marquinhos pode entrar no lugar de David Luiz, com dores no joelho.

“O David teve uma trauma no joelho esquerdo, fez uma hiperextensão e ele começou a sentir dor e não conseguiu continuar no jogo contra o Chile”, informou o médico Rodrigo Lasmar.

‘O Dunga é arrogante e um péssimo treinador. Demorou a mexer e, quando mexeu, já era tarde’, LEONARDO OLIVEIRA Ajudante Administrativo

‘Acho que o Dunga não fica até a Copa do Mundo. O Brasil deveria apostar em um treinador estrangeiro’ WALLACE SANTOS Auxiliar Administrativo

‘O Dunga foi um excelente jogador, mas não tem experiência como técnico. Não tem currículo suficiente’ MILTON REZENDE Analista de TI

‘O Dunga está ultra-passado. O Brasil até tem boas peças, mas ele convocou mal e não soube organizar o time’ MALCOLM REIS Músico

‘O Dunga não deveria nem ter voltado. Eu apostaria no Tite, que está ganhando tudo pelo Corinthians’ SÍLVIO MARTINS Engenheiro Ambiental

Colaborou Yuri Eiras

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