A obra, estipulada inicialmente em R$ 20 milhões, contaria com o apoio do governo do Estado. Em reunião com Humberto Costa, presidente do clube, o Secretário de Esportes do Rio, Marco Antônio Cabral, garantiu que concederá isenção de ICMS pela Lei de Incentivo ao Esporte ao patrocinador do projeto.
Inaugurado em 1960, o Ítalo del Cima não recebe uma partida aberta aos torcedores desde 2010 por causa da falta de um laudo de segurança emitido pela Defesa Civil. E não é para menos: arquibancadas destruídas pelo tempo, tomadas por ervas daninhas — até mesmo um tomateiro cresce entre os degraus —, banheiros sem vasos sanitários e corredores escuros, úmidos, que não lembram nem de longe os bons tempos do estádio, que em 1992 chegou a ser palco de um Fla-Flu pelo Carioca.
“As arquibancadas e a cobertura precisam de manutenção na estrutura, e o gramado terá que ser mudado porque é antigo. A iluminação também precisa ser trocada”, explica Humberto Costa. Apesar das dificuldades, o dirigente vê com bons olhos uma possível reforma: “Seria um ótimo legado para Campo Grande e toda a Zona Oeste. Temos BRT e estação ferroviária perto”.
SEM DINHEIRO, TIME NÃO ATUA DESDE 2014
O estado crítico do Ítalo Del Cima reflete bem a atual situação do Campo Grande Atlético Clube. Campeão da Taça de Prata em 1982 — o equivalente à Série B do Brasileiro —, o Galo da Zona Oeste não disputa uma competição profissional desde 2014, quando participou da Série C do Carioca. Sem dinheiro, teve de pedir licença à Ferj.
Afastado das competições profissionais desde então, o planejamento para 2016 depende única e exclusivamente da tão sonhada reforma do estádio.
“Estamos dependentes da obra para definir o planejamento da equipe para este ano. Vamos esperar a reforma começar”, afirma João Ellis Neto, vice-presidente de futebol do Campusca, que participou da elite do futebol carioca pela última vez em 1995.