Segundo os investigadores, Neymar dos Santos, pai do jogador, teria criado contratos para corrigir erros de contabilidade cometidos no início da carreira do filho. O documento era redigido, assinado, mas com data retroativa, o que é ilegal.
Justiça Federal arquiva acusações recebidas por Neymar e seu pai
Juiz da 5ª Vara de Santos livra o jogador e o pai dos crimes de sonegação fiscal e falsidade ideológica
Rio - Acostumado a dar autógrafos, Neymar pode ficar na marca do pênalti perante a Justiça justamente por causa de sua assinatura. Documentos que constam na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) mostram que o jogador teria feito duas delas, de maneira diferente, em contratos firmados na mesma data. Para piorar a situação, ambas não correspondem à firma que o jogador tem registrada em um cartório de Santos.
Na última quarta-feira passada, o craque e dois dirigentes do Barcelona foram acusados pelo MPF de praticar seis vezes o crime de falsidade ideológica e três o de sonegação fiscal. Já Neymar pai, apontado como o ‘mentor das fraudes’, foi acusado de 21 crimes de sonegação fiscal e 12 de falsidade ideológica.
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A mãe de Neymar, Nadine Gonçalves da Silva, e os ex-presidentes do Santos, Odílio Rodrigues e Luis Álvaro de Oliveira, vão prestar depoimentos em março como parte do processo movido pelo grupo DIS, que pede 40% do valor da transferência do atleta do Santos para o Barça. A ação, que corre na Justiça espanhola, foi movida pelo fundo de investimento DIS, que alega ter recebido a porcentagem sobre 17,1 milhões de euros e não de 83,3 milhões, valor real da negociação.
Sócio-fundador do Grupo Sonda — ao qual pertence o DIS —, Delcir Sonda se manifestou ontem, em Madri, e disse que sua empresa foi vítima de um ‘assalto da pior espécie’. “Neymar disse que não me conhecia. Isso é falso. Muitas vezes jantei na casa dele. Essa foi uma facada nas costas.Neymar, você é um jogador excepcional e eu não queria que a história o visse pelos atos ilegais que cometeu”, disse Delcir.