Por pedro.logato
Colômbia - No lugar da decisão da Copa Sul-Americana, a comoção e a solidariedade de milhares de colombianos com a tragédia que vitimou a delegação da Chapecoense, jornalistas e dirigentes na última terça-feira. Antes palco da primeira partida da final entre o Atlético Nacional e a Chape, o Estádio Atanasio Girardot abriu as portas, no mesmo horário em que a partida estava marcada, para homenagear os 71 mortos no trágico acidente aéreo. 
Com o estádio e as ruas lotadas, todos os presentes vestiram-se de branco e, com velas nas mãos, fizeram uma corrente em memória às vítimas. Depois, gritaram "Vamos, vamos, Chape". De forma simultânea, os torcedores da Chapecoense também homenagearam as vítimas na Arena Condá, em Chapecó, Santa Catarina.
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Na cerimônia, a banda do Exército da Colômbia deu a volta no estádio com as bandeiras do país e do Brasil. No gramado, as autoridades colocaram coroas de flores e, depois, os jogadores do Atlético Nacional entraram em campo segurando flores brancas sob os gritos "Chape é campeã".
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Além da homenagem no local da partida, a torcida do Atlético Nacional foi às ruas de Medellín demonstrar apoio ao time catarinense. Como forma de homenagem aos mortos no acidente aéreo, os torcedores adaptaram um de seus mais conhecidos cânticos, transformando-o em memória ao clube de Chapecó.
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“Que escutem em todo o continente, sempre recordaremos a campeã Chapecoense”, cantavam os ‘nacionalistas’, relembrando o pedido da diretoria do clube colombiano para que a Conmebol reconhecesse a Chapecoense como campeã da edição de 2016 da Copa Sul-Americana.
Em respeito às vítimas, a prefeitura de Medellín suspendeu o início das festividades de Natal, culturalmente muito celebradas na cidade. De acordo com o prefeito Federico Gutiérrez, em um pronunciamento à imprensa local, a sensibilidade e a delicadeza do momento, impedem qualquer tipo de comemoração em Medellín.