Por sarah.borborema
Rio - Não é somente com o vôlei que a veterana Fabi construiu uma relação sólida ao longo dos anos. O vínculo entre a líbero e o Rexona-Sesc começou em 2005 e resiste a mais uma temporada. A despedida da Seleção, onde a jogadora se tornou bicampeã olímpica, já aconteceu. O adeus às quadras ainda não está definido, mas Fabi afirma que não vai demorar. Enquanto isso, a atleta aproveita cada segundo dessa convivência tão duradoura.
Fabi já participou de dez finais da SuperligaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

"Eu tenho um lema na minha vida, no dia que eu não estiver mais me sentindo legal é porque chegou a hora de parar. O fim é inevitável, uma hora a gente tem que parar. Mas o interessante é você entender e aproveitar esse processo. É tão difícil tomar a decisão de parar de jogar vôlei, uma coisa que você fez por tantos anos, que eu coloquei na minha cabeça que eu gostaria muito de aproveitar. Eu sei que o fim está próximo, não vai demorar muito, mas quero aproveitar. Quero que seja leve, feliz, jogando em um time no qual eu me identifico muito", disse Fabi.

A separação do vôlei não está nos planos da jogadora. A líbero já vislumbra o futuro. Fabi conta que seu maior desejo é seguir sendo motivada por desafios, mesmo do lado de fora das quadras.

"Tenho me preparado também para seguir fora da quadra, já que a gente para muito cedo de jogar e tem uma vida inteira pela frente. Por isso, quero aproveitar bastante, sei que vou sentir falta. Quanto melhor for o final, melhores serão as lembranças. É isso que eu estou tentando buscar. Desde que eu saí da Seleção, venho buscando despertar outras coisas, outros desafios na minha vida. O atleta é movido a desafios, tenho certeza que o que for vir a fazer será algo que me motive".

Aposentada da Seleção%2C Fabi atuou como comentarista durante os Jogos Olímpicos do RioDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Com apenas uma derrota em onze jogos disputados, o Rexona-Sesc retoma a caminhada na Superliga diante do Fluminense, na próxima segunda-feira. Estar diante de um dos grandes clubes do Rio de Janeiro não é novidade para Fabi, que já vestiu as camisas de Flamengo e Vasco. A líbero comemora o retorno do Tricolor à elite do vôlei e destaca que a iniciativa fortalece o esporte na Cidade Maravilhosa.

"Eu vejo um despertar das pessoas para o vôlei, mais um time para torcerem. O projeto é interessante, torço para que seja duradouro e feito com profissionalismo. A gente (Rexona-Sesc) perde um pouco da torcida por sermos um time que representa a cidade, mas o vôlei ganha muito com isso. Conseguimos perceber isso durante a disputa do Carioca".
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Reportagem da estagiária Sarah Borborema