Rio - O homem que deseja ser lembrado como o lutador que nunca desiste perdeu a briga contra o próprio corpo. Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro, anunciou nesta terça-feira, em hotel na Zona Sul do Rio, o fim da sua vitoriosa carreira, aos 39 anos. Com os olhos marejados, o último grande herói do MMA nacional, ex-campeão de UFC e Pride, passa a se dedicar ao cargo de embaixador de relacionamento do Ultimate e confessa que suas limitações físicas - após muitas cirurgias - são maiores do que sua vontade de continuar no octógono.
“Entre 1999 e 2008, estive sempre entre os primeiros do ranking. Em 2008, senti o corpo começar a reclamar. Já em 2009, identificamos um problema de quadril e faço fisioterapia até hoje. E ainda tive outras lesões. O corpo reclama. São dores que tenho até hoje. Isso pesa. Seguirei correndo, pedalando, mas para o treinamento e luta não dava mais”, contou. E acrescentou: “Desde 2011, o Dana White (presidente) falava para eu parar. Eu ainda tentei, mas não dava. Entendi que o UFC estava falando para o meu bem. Então resolvi parar.”
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O ídolo vai trabalhar como elo do UFC com atletas, patrocinadores, mídia e órgãos governamentais. Além disso, vai captar jovens para que façam carreira no Ultimate.
“Tenho grande visão para revelar esses talentos. Já conseguia isso na minha academia. Com a estrutura do UFC, a coisa melhora. Estou feliz, pela minha história e pelo novo desafio. Quero fazer um grande trabalho. Estamos numa troca de gerações e espero ajudar nesse momento fundamental”, explicou Minotauro, sentado ao lado do presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, e do seu irmão gêmeo, Minotouro.
O Rocky Balboa do MMA deixa o octógono para fazer o que sempre fez: trabalhar na evolução do esporte que ele disseminou pelo mundo.
