Rio - Três jogos, três gols e a idolatria da torcida alvinegra. O primeiro mês de Hyuri no Botafogo foi, sem dúvida, o mais movimentado de sua vida. O impacto das mudanças ainda não foi sentido pelo garoto de 21 anos, que mantém a tranquilidade e o pensamento sempre à frente. A ordem é manter tudo sob controle para não desperdiçar a grande chance da sua curta carreira.
“Tudo começa dentro de casa, desde a infância. Sempre carreguei comigo a humildade e não vai ser agora, no Botafogo, que vou deixá-la de lado. Eu sou muito tranquilo porque não quero dar mole. Não quero vacilar. Essa é minha primeira oportunidade num time grande e estou encarando como a oportunidade. Trabalho dia a dia a minha mente para isso não subir à cabeça”, disse o novo xodó dos botafoguenses.
Apesar de tentar ficar alheio às grandes expectativas criadas ao seu redor pelo começo promissor no Botafogo, Hyuri sabe a importância que teve o gol sobre o Corinthians. Uma vitória com sabor mais do que especial para o atacante.
“O gol contra o Corinthians foi o mais especial até agora. Pela a importância e o jogo difícil que estávamos tendo. Aos 44 minutos do segundo tempo, contra a equipe campeã mundial. Não é fácil duelar com estes times. Em casa ou fora, é muito difícil”, afirmou o garoto.
Enquanto Hyuri vai conquistando os alvinegros com seus gols decisivos, a diretoria se prepara para fazer valer a sua prioridade, prevista no contrato, e comprar 60% dos direitos do jogador ao término do vínculo por empréstimo, no fim de maio. O clube terá que pagar pouco mais de R$ 1 milhão ao Audax.
Lodeiro ganha aumento e fica
Depois de levar Vitinho, o futebol russo tentou tirar Lodeiro do Botafogo. Uma proposta no valor da multa rescisória do jogador foi enviada ao clube, que aumentou o salário e as luvas do uruguaio. No fim, ele decidiu ficar.
Nada de comparações com R10
Num simples gesto de olhar para um lado e tocar para o outro, Edílson ludibriou a defesa do Corinthians e deixou Hyuri na cara de Cássio. A jogada que acabou em gol foi comparada a constantemente utilizada por Ronaldinho para enganar os marcadores. No entanto, Edílson garante que é um recurso que costuma utilizar com frequência. Não um lance genial.
“Em outros jogos e treinos costumo usar, independentemente do placar. Ronaldinho fazia bastante, e não quero comparar com a jogada de ninguém. Ronaldinho é gênio. Eu apenas acertei um bom passe. Ficou perfeito porque Hyuri fez a movimentação certa”, disse o lateral.