Por pedro.logato

Rio - Nascido no Ceará, Geirton veio para o Rio com menos de dois anos. O sonho de jogar futebol começou a tomar forma no time do Madureira, quandofoi observado pelo Botafogo ainda na categoria infantil e acabou contratado. Apelidado, ainda na infância, por Gegê, o apoiador teve a confirmação que estava no caminho certo, no domingo, quando deu um gol e uma assistência contra o Flamengo no Brasileirão.

Gegê teve grande atuação no clássicoDivulgação

“O Gegê é um garoto muito sério. A entrega dele é fora do comum. Sempre pede para treinar um pouco mais. Temos que segurar. Bate com a esquerda, mas quer sempre treinar a direita. Quando aceitei esse projeto (de ir treinar os juniores) ele era o meu camisa 10, fazendo gols”, conta o auxiliar Jair Ventura salientando que as várias opções para o meio como Fellype Gabriel, Andrezinho e Seedorf fez com que Gegê só surgisse agora:

“Ele foi um dos últimos a aparecer só por causa da posição. Sempre falei isso para ele”, conta Jair. 

Admirado na base, Gegê chegou ao Botafogo dando ao clube um título que o clube não ganhava desde 1982:

“É um garoto trabalhador. Nunca deu problemas. O pai e o irmão sempre o acompanham. Foi campeão infantil em 2009 com o Botafogo, um título que não ganhávamos há tempos”, explica o gerente geral da base, Ney Souto, sobre o fã de Messi e que tem como livro de cabeceira a biografia de Michael Jordan.

Elogios do chefe

O técnico Oswaldo de Oliveira já observava o meia de 18 anos desde o ano passado quando o levou para treinar com os profissionais.

“Senti que a gente precisaria encaixar o que ele tem de bom e isso levaria um pouco mais de tempo. Hoje (domingo) ele foi preciso, cumpriu tudo que eu queria e até perdeu algumas jogadas porque estava seguindo exatamente o que passamos. Se tivesse que dar uma nota, sem dúvida seria 10", elogiou Oswaldo após o jogo.

Dedé pode ser a próxima joia alvinegra

Depois de Gilberto, Jadson, Gabriel, Vitinho, Cidinho, Octávio, Sassá e Alex, a base do Botafogo deve ter um novo representante ganhando chances no time profissional. O volante Dedé entrou no segundo tempo contra o Flamengo e é uma aposta do clube.

“Eu venho acertando. O último que eu disse que iria estourar foi o Vitinho, que foi mais rápido do que pensávamos. O Dedé tem muita personalidade e está superpronto. Ontem (domingo), já entrou bem. Tem bom passe, boa finalização e é muito maduro. Era o capitão na base”, explica Jair Ventura.

O ótimo trabalho das categorias de base alvinegra tem um custo entre R$ 3 e 4 milhões, mas já arrecadou cerca de R$ 37 milhões com as vendas de Jadson e Vitinho a Udinese e CSKA, respectivamente.

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