Rio - Perto de completar dois anos no comando do Botafogo, Oswaldo de Oliveira nunca foi unanimidade entre torcedores e diretoria. Sob seu comando, o time foi campeão estadual deste ano, vencendo os dois turnos, e passou a maior parte do Campeonato Brasileiro entre os quatro times que se classificam para a Libertadores. Perto do fim de seu contrato, o treinador é mais valorizado fora dos muros do Engenhão do que no Botafogo. Palmeiras, Santos e Atlético-MG já sondaram o treinador para o ano que vem.
O principal ponto para o Botafogo pedir a permanência de seu comandante passa pela conquista da vaga na Taça Libertadores da América, competição que é a obsessão do Alvinegro, que não a disputa desde 1996.
Embora a torcida não seja fã do trabalho do treinador, o presidente Mauricio Assumpção aprova o trabalho de Oswaldo. O técnico viu o time ser desmantelado durante o Campeonato Brasileiro com a saída de Fellype Gabriel, Vitinho, Jadson e Andrezinho, o que lhe obrigou a buscar opções nas categorias de base do clube revelando jogadores como Gegê, Otávio e Dedé.
O treinador também tem o apoio dos jogadores que o adoram. O craque e “dono” do time, Seedorf também tem bom relacionamento com Oswaldo, o que pesa a favor para a renovação do contrato pela segunda vez.
Faltando três jogos, o volante Marcelo Mattos não vê facilidade nem no jogo contra o São Paulo, que pode jogar com um time misto.
“Vão ser três jogos muito difíceis. O São Paulo, mesmo com time misto, deu trabalho para o Fluminense e tem um elenco de tirar o chapéu. Temos que nos impor mesmo fora de casa porque nossa briga é para chegar à Libertadores, nosso objetivo tem que ser maior que o deles. Em relação a Coritiba e Criciúma, vão ser jogos um pouco iguais, pelo desespero deles de sair da zona desconfortável. O Coritiba lá sempre é um jogo truncado, o Criciúma vem bem fora de casa. Temos condições de vencer e ver no que vai dar no final”, afirma o camisa 5 do Botafogo, que como todo alvinegro sonha com uma vaga na Libertadores.
