Por pedro.logato

Rio - A semana que começou com mal-estar, devido aos protestos por atraso de salários, terminou com a inesperada derrota para a Unión Espanhola, na quarta-feira. Mas, segundo os líderes do elenco alvinegro, as manifestações não estão se refletindo no desempenho do time e novas medidas poderão ser tomadas.

O discurso é de que o Botafogo é prioridade e que não há nada perdido na Libertadores, mas cada dia até o duelo contra o San Lorenzo, no dia 9, promete ser um novo capítulo de uma incômoda novela.

“Veremos em cada treino se vamos fazer ou não (protesto). Estamos certos em reivindicar nossos direitos, mas não tem nada a ver com o desempenho na Libertadores. O que fazemos fora, não influencia dentro de campo”, afirmou o goleiro Jefferson.

Jefferson garante manutenção do protestoDivulgação

Os jogadores reivindicam dois meses de salários atrasados, dois de direito de imagem e mais a premiação pela classificação na fase de grupos da Libertadores. Para defender seu argumento, Jefferson comparou o momento atual com o de 2013 e cobrou uma decisão da diretoria.

“Ano passado fizemos a mesma coisa e não deixamos de correr em campo. No Botafogo não tem isso de líder. Queremos uma solução, assim como a diretoria. Isso é claro para nós. A diretoria quer até mais do que nós resolver isso. Vamos fazer o que deve ser feito”, acrescentou o camisa 1, em tom firme.

O interesse do Botafogo em Emerson Sheik fomentou a revolta do elenco, que se sentiu desprestigiado. Jefferson pede que a diretoria honre o que deve aos jogadores atuais antes de sair em busca de outros. Mas o fato é que o Alvinegro deve acertar ainda hoje a contratação do atacante e vai pagar 50% dos salários do ex-corintiano.

Promessa de time ofensivo na Argentina

Em segundo lugar no Grupo 2 da Copa Libertadores, com 7 pontos, o Botafogo pode até empatar com o San Lorenzo, na Argentina, que estará classificado — desde que o Independiente Del Valle não vença o Unión Española por pelo menos dois gols.

Para depender apenas de suas forças, porém, o técnico Eduardo Hungaro garante um time ofensivo, na quarta-feira: “Não tem que pensar em empate, tem que ir lá, jogar e ver com o resultado se vamos nos classificar ou não. Eu tenho muita esperança. Vale lembrar que hoje somos segundos na chave e estaríamos classificados.”

Com espírito de decisão, o goleiro Jefferson frisa que a confiança na vaga é grande e é hora de sonhar. “É o momento de se abraçar e sonhar junto. Com certeza, vamos fazer um grande jogo”, finalizou.

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