Por fabio.klotz

Rio - Dedicação total à Libertadores era a palavra de ordem no Botafogo em 2014. Porém, a campanha do Alvinegro, que retornou à competição sul-americana após 18 anos, só durou oito partidas e terminou com uma eliminação na fase de grupos.

Wallyson começou a Libertadores com tudo%2C mas também sucumbiu com o timeEfe

Depois de eliminar o Deportivo Quito na fase preliminar da Libertadores, o Glorioso começou com pinta de que seria imbatível no seu grupo, com uma vitória sobre San Lorenzo, no Maracanã. Líder da chave até a quinta rodada, o Alvinegro amargou duas derrotas consecutivas e terminou eliminado na lanterna.

Porém, o final trágico da equipe na Libertadores não é resultado apenas desses dois vacilos. Com muitos problemas dentro e fora do campo desde o fim da temporada passada, o Glorioso terminou o primeiro semestre com as mãos vazias, fora de forma precoce da competição sul-americana e muito longe de disputar o bicampeonato estadual. Confira os erros do Botafogo.

Elenco enfraquecido

O Botafogo conquistou a vaga na Libertadores de 2014 com muito esforço. No fim do Brasileiro de 2013, o elenco alvinegro já hávia sido bem enfraquecido. Márcio Azevedo, Fellype Gabriel, Andrezinho e Vitinho deixaram a equipe antes do fim da competição, fazendo com que o time carioca ficasse longe do título. Porém, a vaga na Libertadores foi conseguida. Garantido na competição, o grupo não parou de perder peças importantes. Seedorf deixou o clube e encerrou a carreira de jogador para treinar o Milan. Elias e Rafael Marques saíram do clube e o elenco ficou ainda mais fragilizado.

Experiência no comando

Com a saída de Oswaldo de Oliveira, treinador que comandou o Alvinegro nas temporadas de 2012 e 2013, o presidente Mauricio Assumpção decidiu apostar em uma solução caseira: Eduardo Hungaro. Em seu primeiro trabalho à frente dos profissionais, Hungaro amarga uma eliminação e é contestado por torcedores.

Hungaro é contestado pela torcida do BotafogoAndré Mourão / Agência O Dia

Planejamento falhou...

Por disputar a Libertadores, algo que não acontecia havia 18 anos, o Botafogo "ignorou" o Carioca e usou, na maioria dos jogos, o time reserva. O planejamento não funcionou: o time naufragou no Estadual e agora é eliminado logo na primeira fase da Libertadores.

Vacilo no Maraca

O Botafogo entrou em campo no dia 2 de fevereiro, no Maracanã, precisando de apenas uma vitória sobre o Unión Española para se classificar como líder do Grupo 2 da Libertadores. O Alvinegro dominou todo o jogo, mas pecou nas finalizações. No segundo tempo, o Glorioso foi castigado com um pênalti duvidoso que valeu a vitória para a equipe chilena e deixou o time carioca com a obrigação de pontuar na Argentina, algo bem mais complicado. O tropeço no Maraca custou caro...

Faltou cabeça...

O elenco alvinegro pareceu muitas vezes bastante nervoso na Libertadores. Na partida contra o Independiente del Valle, no Equador, Bolívar e Edilson foram expulsos e deixaram a equipe com menos dois jogadores. Logo depois, o Alvinegro levou o gol da derrota. Além disso, o Glorioso teve de lidar com suspensões de jogadores importantes como "El Tanque" Ferreyra, que desfalcou o time no jogo contra o Uníon Española, no Maracanã, Marcelo Mattos e Gabriel.

Seca de gols nos últimos jogos

Os primeiros jogos no Maracanã deram a impressão de que o Botafogo teria um grande poder de fogo e que Wallyson seria o homem-gol da equipe na competição. Porém, o jogador só marcou contra Deportivo Quito e San Lorenzo e o Alvinegro também foi reduzindo sua quantidade de gols, tendo marcado apenas cinco na fase de grupos da competição. A seca de gols nos últimos dois jogos contribuiu para a eliminação precoce.

El Tanque Ferreyra lutou%2C mas não conseguiu levar o Botafogo adiante na LibertadoresMárcio Mercante / Agência O Dia

Ambiente conturbado

Além dos problemas dentro de campo, o Botafogo conviveu com muitos problemas fora dele no primeiro semestre de 2014. Com problemas financeiros devido ao fechamento do Engenhão e penhoras por conta de dívidas, o Glorioso atrasou o pagamento de dois meses de salário dos jogadores. Os atletas protestaram em treinos.

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