Por bernardo.argento
Sheik é apresentado como novo dono da camisa 7 do BotafogoMárcio Mercante / Agência O Dia

Rio - Uma nova referência. O Botafogo apresentou o atacante Emerson Sheik como seu mais novo reforço. Ainda carente de um grande goleador, o Glorioso conta com a chegada do ex-corintiano como a nova aposta de gols e sucesso no clube. Empolgado, o jogador chega com o intuito de prosseguir com a caminhada vencedora no futebol brasileiro e a missão será ainda maior ao ser o novo dono da idolatrada camisa 7 do Alvinegro.

Durante a coletiva de apresentação, Sheik não poupou palavras. Recém-chegado, o craque já projeta uma era de sucesso em General Severiano. A expectativa é fazer o máximo e contar com a ajuda dos novos companheiros para levar o Botafogo ao rumo dos títulos.

"O Botafogo é um desafio a mais, eu venho para jogar 100%. O futebol é um esporte coletivo e todo mundo sabe que um só não vai resolver o problema. Quem precisa de um grupo não é com 11 e sim com 30 atletas. Tenho minha parcela de contribuição, farei o máximo para que tudo aconteça, mas todos precisam ajudar. Chego com o espírito de querer vencer, mas sempre contando com o apoio dos companheiros. Chego num clube grande, que é o Botafogo, e mais uma vez a ideia é fazer história, conquistar e vencer. O pensamento é o mesmo que sempre mantive por onde passei", disse Sheik, que não poupará esforços para honrar a tão idolatrada camisa 7 do Glorioso.

"Quem sabe um pouco da história do Botafogo sabe o que essa camisa representa. Aqui, este número sete representa o que é a dez para alguns outros clubes. É uma honra receber essa camisa. Não sei se vou conseguir fazer o que outros grandes ídolos fizeram, mas enquanto estiver aqui vou me doar ao máximo com garra, luta e muito afinco. O torcedor botafoguense pode esperar o meu melhor e vou fazer de tudo para honrar essa camisa", acrescentou.

Sheik veste a camisa 7 e promete honrar o clube de General SeverianoMárcio Mercante / Agência O Dia

Mesmo muito empolgado Emerson ainda não tem data marcada para estrear pelo Botafogo. O jogador admitiu a pouca probabilidade de estar em campo na primeira partida da equipe no Brasileirão, contra o São Paulo, mas garante que espera um trabalho árduo para poder entrar em campo logo na segunda rodada do torneio, contra o Internacional.

"Gostaria muito e se me chamassem eu iria amarradão (jogar na primeira rodada). Mas tem algumas etapas que precisamos respeitar, então não acredito que já esteja em campo neste domingo, até para não correr o risco de uma lesão ou algo do tipo. Durante a semana acredito que será feito um grande trabalho para poder jogar contra o Inter no outro final de semana", afirmou.

Com o clube ainda respirando a recente eliminação na Libertadores, Emerson não nega a tristeza com o tropeço alvinegro, mas garante que o objetivo agora é direcionar o foco para o Brasileirão: "Ali se separa os meninos dos adultos. É uma competição que tem jogos de caráter importante e diferente do que encontramos no regional, por exemplo. Acompanhei os jogos e fiquei muito triste com a eliminação. Mas isso faz parte do futebol e temos que conviver com tudo isso. É o momento de esquecer e pensar nessa nova competição que se inicia".

CRISE FINANCEIRA NÃO PREOCUPA O ATACANTE

Sheik não chegou às escuras no Botafogo. O atacante não nega estar ciente dos recentes problemas financeiros enfrentados pelo Glorioso, mas garante que o fato não deve atrapalhar sua rotina na nova casa. Segundo o atleta, o foco principal é poder ajudar dentro de campo, confiando na diretoria pela solução dos problemas que o clube vem encarando.

"Podia falar que fui contratado para jogar futebol e não para cuidar das finanças do clube. Mas nas conversas que tivemos falamos que nos próximos meses as coisas vão se regularizar e acredito muito nisso. Não fui contratado para falar disso, e acredito muito na direção e acho que todos os outros atletas também já entenderam", disse o atacante, que ainda exaltou o projeto do clube ao iniciar uma negociação.

Confiante%2C Sheik quer fazer história e levar o Botafogo ao rumo dos títulosMárcio Mercante / Agência O Dia

"Quando eu decidi sair do Corinthians apareceram algumas equipes querendo me contratar e uma delas foi o Botafogo. O projeto e a proposta eram bem tentadoras. Assim como aconteceu na minha saída do Fluminense, sentei com meus empresários, sentamos, analisamos e entendemos que a ideia do clube, principalmente para o segundo semestre, além de tentadora visava títulos. Chego com o mesmo pensamento que cheguei nos clubes anteriores, querendo conquistar", contou.

VETERANO, EMERSON REFORÇA FOCO PROFISSIONAL

Aos 35 anos, Sheik ainda não pensa em abandonar as chuteiras. Questionado sobre o que ainda o motiva diante da carreira tão vitoriosa que já possui, o atacante afirma que o futebol é sim sua maior paixão profissional. Segundo ele, o bem-estar dentro de campo é um dos maiores motivos de ainda continuar atuando pelos gramados.

"Futebol é o que eu amo. O que durante toda a minha vida deu sustento à minha família e pessoas próximas. Então é algo que sempre me motiva muito. É isso que me deixa feliz e enquanto achar que estou rendendo alguma coisa eu vou continuar. Mas a partir do momento que eu achar que não dá mais, até por ter uma vida estabilizada, aí pode ser diferente. Mas enquanto achar que posso contribuir e ajudar eu vou continuar aqui", disse.

Para encerrar o primeiro encontro com o Glorioso, Emerson ainda aproveitou para opinar sobre a recente polêmica envolvendo o tricolor Fred com as torcidas organizadas. Sem se prolongar, o craque foi claro ao reprovar o tão contestado estilo violento das organizadas: "Tudo tem um limite, se tiver violência vira caso de polícia. Aí não aprovo", concluiu.

Crise financeira não preocupa Sheik no Botafogo%3A 'Fui contratado para jogar futebol'Márcio Mercante / Agência O Dia


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