Por edsel.britto

Rio - O empate com o líder Cruzeiro, que manteve o Botafogo fora da zona de rebaixamento do Brasileiro, poderia trazer uma semana mais leve para o Botafogo. Mas a sinceridade de Emerson Sheik expôs a ferida aberta no relacionamento entre diretoria e jogadores.

Único com salário em dia por receber diretamente do Corinthians, o atacante declarou guerra aos dirigentes e promete não cessar fogo enquanto a situação não for resolvida.

 O apoio de Sheik aos companheiros, que vinha sendo financeiro, agora também está presente em suas declarações. Enquanto o restante do grupo dá um voto de confiança à diretoria, o camisa 7, assim como dentro de campo, faz a diferença.

“Dentro do meu trabalho, sou fogo. Eu me dedico, honro o salário, a camisa, sou habilitado a falar da maneira que quero quando não estou satisfeito. Meu histórico está aí. Quem se sentir ofendido que jogue a toalha e vá embora. Ninguém mandou me contratar. Falo o que acho, não gosto de perder, isso me irrita. Enquanto ver coisa errada vou falar, não vou me calar, principalmente quando encontro pessoas de bom coração que abraçam a causa. Quando eu abraço é f…”, desabafou o atacante à Rádio Globo.

Emerson Sheik fez duras críticas a gestão do BotafogoDivulgação

Wilson Gottardo ainda não está na alça de mira de Emerson. As reuniões, quase diárias, que o novo gerente vem tendo com o grupo criaram uma espécie de cumplicidade, o que não existia na época em que Sidney Loureiro ocupava o cargo. Ontem, Sheik aproveitou a folga para relaxar com os dois filhos em Angra e deixar de lado, por um momento, a interminável crise alvinegra.

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