Rio - Pressionada pelo calendário, a diretoria do Botafogo tenta agir com rapidez para ter o técnico Zé Ricardo como substituto de Marcos Paquetá. A expectativa é de que a situação esteja definida nesta sexta-feira, quando haverá reunião entre o treinador, o presidente Nelson Mufarrej e o vice de futebol Gustavo Noronha. Os contatos iniciais com Zé Ricardo foram feitos pelo gerente de futebol Anderson Barros, com quem o treinador já trabalhou em algumas oportunidades.
Antes da chegada de Paquetá, que ficou só cinco jogos no comando quatro derrotas e uma vitória , Zé Ricardo chegou a negociar com o Botafogo, mas à época não houve acordo porque existia a possibilidade de ir trabalhar no Al-Shabab, da Arábia Saudita. Ele também recebeu sondagem do Vitória, que demitiu Vagner Mancini, mas os contatos esfriaram devido ao interesse alvinegro.
O último trabalho de Zé Ricardo foi no Vasco. Ao chegar, em 2017, levado por Anderson Barros, a equipe estava em 16º, uma posição acima da zona de rebaixamento do Brasileiro, mas conseguiu reagir sob seu comando e se classificou para a Libertadores.
No entanto, na atual temporada, o Vasco não foi tão bem sob o comando dele. Perdeu a decisão do Carioca para o Botafogo, nos pênaltis. Curiosamente, Zé Ricardo pediu demissão do clube justamente após outra derrota para o Glorioso, por 2 a 1, em São Januário, pelo Brasileiro.
O treinador deixou São Januário com aproveitamento de 52,7%, com 22 vitórias, 13 empates e 15 derrotas. No Flamengo, o outro clube carioca em que trabalhou, o desempenho foi melhor: ganhou 47 jogos, empatou 25 e perdeu 17, com um aproveitamento de 62,2%.
PEDIDO DE DESCULPAS
Com passagem relâmpago pelo Botafogo, Marcos Paquetá divulgou nota: "Quero pedir desculpas ao torcedor, pelo planejamento não ter acontecido como gostaríamos. Agradeço a confiança da diretoria, dos funcionários e do elenco. Triste por sair sem as metas alcançadas, mas com a certeza de que, mesmo com as limitações momentâneas do clube, tentei contribuir da melhor forma".