Por pedro.logato

Rio - Desde a reabertura do Maracanã o Fla-Flu saiu das quatro linhas para a discussão de quem fez o melhor acordo para usar o estádio como casa. Cada lado diz que o seu é mais vantajoso, mas a verdade é que, com base nos números dos primeiros jogos, os dois clubes podem dizer que fizeram negócio melhor que o rival, dependendo da situação.

Maracanã é a casa de Flamengo e FluminenseCarlos Moraes / Agência O Dia

Quando acertou por seis meses, o Flamengo apostou na força de sua torcida para lucrar e a tendência é que, com públicos grandes, o acordo rubro-negro seja mais lucrativo que o do Tricolor.

Com a divulgação dos ganhos com 50% dos camarotes e bares, o Flamengo chegou a um lucro de R$ 1.355.856,94, sem contar a penhora de R$ 162.213,50. Se tivesse aceitado o que o Complexo Maracanã ofereceu ao Fluminense (43 mil ingressos atrás do gol sem porcentagem nos outros setores e nos bares), o Rubro-Negro teria despesa menor (cerca de R$ 360 mil), mas também ganharia menos: R$ 1.231.076,94, fora a penhora. Vale lembrar que no clássico com o Botafogo não foram vendidos todos os camarotes e o estádio não estava lotado, o que possibilitaria renda ainda maior com bar.

Em contrapartida, o Fluminense, que apostou em não ter mais prejuízo, mostrou que em públicos pequenos, como o do jogo contra o Cruzeiro, o seu contrato de 35 anos tende a ser mais lucrativo. Com mais de 13 mil pagantes, o Fluminense levou R$ 256.476,92 (menos a penhora de R$ 21.797,59) e gastou por volta de R$ 109 mil com as despesas do jogo. Se fosse no acordo do Flamengo, o Tricolor arrecadaria menos e gastaria muito mais.

O que o Flu ganharia com bares e camarotes, além dos 190 ingressos mais caros vendidos, não compensaria. Como no borderô dos jogos do Tricolor não são divulgados os gastos a cargo do Complexo Maracanã, o ‘Ataque’ fez uma projeção tendo como base o que o Botafogo pagou para o público de 19 mil.

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