São Paulo - Os finais de jogos do Brasileirão 2013 estão frenéticos. Dos 361 gols marcados até aqui na atual edição do campeonato, 85 aconteceram entre os 30 e 45 minutos do segundo tempo, de acordo com dados da Footstats. Nenhum outro período das partidas viu a bola ir para as redes tantas vezes.
A equipe que mais tem prejuízo com a última parte dos duelos é a Portuguesa. Segunda pior defesa do torneio com 24 gols sofridos, a Lusa tomou sete nos 15 minutos finais de seus compromissos. O fato é tão marcante que até no jogo da última quinta-feira contra o Bahia pela Copa Sul-Americana o time perdeu desta forma – Obina fez aos 45 o tento que deu a vitória aos baianos.
“Desatenção é, com certeza. Nessa situação aqui [diante do Bahia], na bola parada, o diferencial de estatura da equipe deles para a nossa era grande. É uma série de coisas. Os jogadores do Bahia estavam com ritmo total de jogo e os da Lusa, muitas vezes fazendo a primeira partida desde maio. Mas, de forma geral, só tenho a lamentar e trabalhar para que não ocorra mais. É uma situação bastante incômoda para nós”, afirmou o técnico Guto Ferreira.
A marca negativa da Portuguesa é igual à registrada por Atlético-PR, Fluminense e São Paulo. Há, porém uma ressalva: o time do Canindé levou outros sete gols entre os 15 e 30 do segundo tempo, o que evidencia essa deficiência na parte final dos jogos.
Dois destes clubes que mais tomam gols nos momentos decisivos contrastam justamente na hora de marcarem os seus. Enquanto o Atlético-PR compensa balançando as redes a maior parte das vezes também nesta faixa de tempo – foram oito até aqui –, o São Paulo faz o contrário – somente um.
“As coisas não aconteceram até agora. Estamos jogando bem, mas precisamos vencer”, disse Rafael Tolói, zagueiro são-paulino. Não à toa, a equipe paulista tem o segundo pior ataque da competição.