Esthevão, técnico do Gonçalense - Rodrigo Henrique / RH Assessoria
Esthevão, técnico do GonçalenseRodrigo Henrique / RH Assessoria
Por O Dia

Rio - Longe dos holofotes, uma promessa do futebol brasileiro desponta fora das quatro linhas. Com apenas 20 anos, Esthevão Santos já decidiu trocar as chuteiras pela prancheta e tem um retrospecto de respeito no comando da equipe sub-17 do Gonçalense, classificada às quartas de final da Série B1 do Estadual: um aproveitamento de quase 90%. Em 52 jogos, o jovem treinador tem 46 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, além de ter sido campeão nas duas competições que disputou — Campeonato Niteroiense e ABS Cup. 

Nascido e criado em São Gonçalo, no bairro Maria Paula, Esthevão começou no futebol como grande parte dos técnicos de sucesso: dentro de campo. Há pouco tempo atuava como volante do time sub-20 e chegou a conciliar a vida de atleta com a de treinador, mas, quando precisou escolher entre as duas, não teve dúvidas em pendurar as chuteiras para seguir a carreira à beira do gramado. 

Ainda dando seus primeiros passos como técnico, Esthevão projeta voos mais altos no futuro. Estudioso, ele  sonha com uma carreira de sucesso e busca se qualificar para chegar à elite do futebol brasileiro, mas não tem pressa para ganhar uma oportunidade em um time profissional.

“Estou sempre estudando novos treinos, táticas... Quero fazer o curso da federação (Ferj) e começar a faculdade de Educação Física no ano que vem. Seja no profissional ou na base, continuarei fazendo o meu melhor. Sonho ser treinador de um clube grande, de maior expressão. Ter meu trabalho reconhecido no país. Flamengo, Santos...”, disse.

Quando perguntado sobre a maior inspiração, ele não titubeou: Tite, técnico da seleção brasileira. Foi o gaúcho que despertou na promessa a vontade de seguir na profissão, quando ainda tinha 17 anos. 

“Sempre gostei muito de jogo tático, esquemas. Comecei a gostar mais em 2015, quando o Tite foi campeão brasileiro com o Corinthians com um elenco muito ruim, fazendo milagre. A partir dali, comecei a ter gosto de estudar mais. Foi depois disso que pensei em ser treinador, mas não imaginava que começaria assim, tão cedo”, conta o novato.

Também fã de Pep Guardiola, que acredita ser o melhor do mundo na profissão,  Esthevão é adepto da filosofia de jogo do espanhol. Definindo-se como um técnico ofensivo, ele diz que, “quanto mais tempo com a bola, melhor”. E essa mentalidade tem resultado em campo. Pela Segunda Divisão do Carioca, seu time marcou 24 vezes e sofreu apenas três gols em dez partidas.

Estagiário Danillo Pedrosa, sob supervisão de Flávio Almeida

Você pode gostar