Rio - O Japão já virou figura carimbada em Copas do Mundo. Após estrear em 1998, a seleção nipônica continua em evolução e foi o primeiro país a se classificar em campo para o Mundial do Brasil. A meta japonesa é clara: mostrar que seu futebol continua em crescimento e dar trabalho aos rivais. Apesar de ter fracassado na Copa das Confederações, o Japão por pouco não complicou a vida da Itália e do México.
Ao entrar apenas na terceira fase das Eliminatórias asiáticas, o Japão se classificou em segundo lugar no Grupo C, com 10 pontos, ficando atrás do Uzbequistão com 16 e à frente da Coreia do Norte e Tadjiquistão.
Na quarta fase da competição os Samurais Azuis não tiveram maiores problemas para liderar um grupo com Austrália, Jordânia, Omã e Iraque. Com 17 pontos se classificaram para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
O cara do Japão
O maior astro japonês para a Copa do Mundo de 2014 é o meia Keisuke Honda. Jogador de habilidade rara com a bola nos pés e em cobranças de falta, assim como em 2010, ele tem tudo para ser o grande comandante dos Samurais Azuis na competição.
O jogador foi alvo de disputa entre Milan, da Itália, e o Everton, da Inglaterra, nesta janela de transferências internacionais. Sorte dos italianos, que irão pagar 2,5 milhões de euros (R$ 7,2 milhões) anuais para o jogador.
O jogador teve destaque por onde passou. Honda iniciou sua carreira profissional no Nagoya Grampus, pelo qual marcou 10 gols em nove partidas. Depois de três anos na terra do Sol Nascente, o meia foi para o modesto VVV-Venlo e lá fez história. O japonês ajudou o clube do sudeste da Holanda na melhor campanha da história do time, um honroso décimo segundo lugar na Eredivisie.
Após isso, o CSKA Moscou, da Rússia, contratou o jogador em 2009 e por lá também teve destaque, pois ajudou o time da capital russa a quebrar um jejum de sete anos sem conquistar o campeonato local. E agora o jogador defende a camisa do Milan, com a responsabilidade de liderar o meio campo de um dos maiores clubes do mundo.
História nas Copas
A seleção japonesa começou a participar na competição tardiamente, apenas na décima sexta edição, na França, em 1998, e a sua estreia não foi das melhores. Os nipônicos não tiveram muita sorte no sorteio e caíram num grupo com a Argentina, uma das favoritas ao títulos, Croácia, que seria a grande surpresa desta edição da Copa, e a também debutante Jamaica.
Com isso, os asiáticos não foram páreo para nenhum dos seus adversários e com três derrotas os japoneses foram embora da França sem nenhum ponto e com uma péssima impressão deixada para o mundo do futebol.
Quatro anos mais tarde, o Japão sediaria a Copa do Mundo em parceria com a Coreia do Sul. O apoio da torcida local fez muito bem aos Samurais Azuis. Depois de um decepcionante empate com a Bélgica por 2 a 2, os nipônicos conseguiram sua primeira vitória em Copas do Mundo diante a Rússia, por 1 a 0, com gol de Inamoto. Ao contrário dos coreanos, que foram à semifinal do torneio, os japoneses foram eliminados nas oitavas de final para a surpreendente Turquia, pelo placar mínimo.
Em 2006, os japoneses foram eliminados na primeira fase. Com Zico no comando técnico, os japoneses estiveram ao lado de Austrália, Brasil, e novamente a Croácia. O confronto histórico com os brasileiros foi marcante por dois fatos. A primeira vez que o Galinho de Quintino enfrentaria a seleção canarinho e Ronaldo igualar Gerd Müller como maior artilheiro de todas as Copas do Mundo com 14 gols. Mas, diante de toda história, o Japão decepcionou mais uma vez e foi eliminado da mesma forma que em 98, sem vencer nenhuma partida.
Na última edição da Copa do Mundo, os Samurais Azuis igualaram sua participação histórica de 2002. Com duas vitórias diante Camarões e Dinamarca e uma derrota para a toda poderosa Holanda, os nipônicos se classificaram em segundo lugar no seu grupo, mas na fase seguinte caíram para o Paraguai na decisão por pênaltis por 5 a 3 depois de um empate por 0 a 0 no tempo regulamentar.