Espanha - O carinho do torcedor espanhol. Este foi o argumento usado por Diego Costa para justificar, ontem, em entrevista ao site do Atlético de Madrid, sua opção em abrir mão da seleção brasileira para defender a ‘Roja’. Ele considerou sua atitude a mais correta, embora tenha deixado claro que a tomada de decisão não foi fácil. “Repensei, e o correto seria jogar na Espanha. Foi onde consegui tudo. O que consegui na minha vida foi neste país, pelo qual tenho um carinho especial”, disse, acrescentando:
“Foi uma decisão bastante complicada porque estive entre o país no qual nasci e o país que me deu tudo. Pensei e decidi jogar pela Espanha. Alcancei todos os meus objetivos e tive um crescimento em minha vida pessoal. Então eu tenho um carinho especial pela Espanha e sinto o carinho das pessoas diariamente.”
Crítica de Felipão é ignorada pelo jogador
Sem fazer observações à crítica feita pelo técnico Luiz Felipe Scolari a sua decisão, Diego Costa reiterou que não renunciou à Amarelinha. “Quero que entendam que em momento nenhum eu renunciei ao Brasil. Não vejo assim. Simplesmente eu me sinto valorizado aqui. Tudo o que eu sou eu devo ao país. Foi uma decisão pensada, mas não foi uma renúncia. Tenho família no Brasil, onde nasci e onde viverei quando encerrar a minha carreira. Espero que as pessoas entendam e respeitem a minha decisão”, frisou.
Sobre o futuro, Diego Costa disse viver a expectativa de ser convocado para defender a seleção espanhola, o que poderá acontecer semana que vem, para os amistosos dos atuais campeões mundiais contra Angola e África do Sul, nos dias 15 e 19 de novembro. “Defender esta camisa é algo imenso na vida de um jogador. Desde o momento em que Vicente del Bosque me convoque, que eu esteja na lista e que possa jogar 5, 10 ou 15 minutos, que seja, vou dar tudo, porque assim sou em minha vida. Quero contribuir de alguma forma”, afirmou.
Guerra continua
Apesar da opção de Diego Costa pela Espanha, </IP>a CBF ainda tenta impedir que ele vista a camisa vermelha. Mas especialistas em direito esportivo internacional garantem que tal possibilidade é quase nula. Afinal, Diego Costa possui cidadania espanhola (morar no país há seis anos), e nunca atuou em jogos oficiais adultos pelo Brasil — só nos amistosos contra Rússia e Itália, em março. Resta, agora, o pronunciamento oficial da Fifa para que a guerra entre jogador e CBF chegue ao fim.
Federação espanhola responde Felipão
A Federação Espanhola de Futebol respondeu ontem às críticas do técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari, à decisão de Diego Costa. Segundo Jorge Pérez, secretário geral da entidade, Felipão não tem do reclamar, pois comandou outra seleção no passado:
“A decisão do Diego é profissional. Felipão também é brasileiro e dirigiu Portugal. Estamos falando de profissionais e Diego está no direito de preferir jogar pela Espanha. O Diego pode não ter sido compreendido por Felipão.”
Técnico da Espanha, Vicente del Bosque ficou feliz por poder contar com o artilheiro do Campeonato Espanhol (11 gols), mas pediu calma ao ser perguntado se levará o atacante para a Copa de 2014. “Estou encantado por poder receber Diego, mas ainda faltam muitos meses para o Mundial”, frisou.