Por ulisses.valentim
São Paulo - O Ministério do Trabalho esteve nesta terça-feira na Arena Corinthians, em Itaquera, e informou que o operário José Walter Joaquim, de 56 anos, responsável pela operação do guindaste que quebrou e matou dois operários no dia 27 de novembro completou 18 dias seguidos de trabalho sem folga no dia do fatalidade.

Segundo Luiz Antônio Medeiros, superintendente regional do Ministério do Trabalho, ainda não é possível dizer se havia um acordo para que Joaquim trabalhasse todos esses dias sem folga ou que há irregularidade nesta relação trabalhista, mas que é possível comprovar sua presença na obra nesses dias pelo relógio de ponto da obra.

O motorista Fábio Luiz Pereira e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos morreram na última quarta-feira após o acidente no ItaquerãoAgência Brasil

Procurada pelo iG, a Odebrecht não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta nota às 13h. Na última semana a empresa entregou ao Ministério do Trabalho alguns documentos que alega atestarem a segurança dos guindastes usados na obra.

Joaquim era contratado da Locar, uma empresa terceirizada pela Odebrecht e responsável pelo guindaste que cedeu e provocou o acidente de duas semanas atrás. Em depoimento à polícia, o operador negou que tenham cometido algum erro na operação que colocava uma peça de 450 toneladas para fechar a cobertura do estádio.
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Era a 38ª e última vez que esse tipo de procedimento era realizado, sempre com Joaquim como operador. Uma peça de igual proporção foi instalada uma semana antes do acidente no setor Sul do estádio.