Rio - Faltando menos de um mês para a Copa do Mundo, o técnico Luiz Felipe Scolari ganhou uma dor de cabeça inesperada. E não se trata de um jogador lesionado. De acordo com o jornal holandês ‘Het Financieele Dagblad’, Felipão está sendo investigado pelo Fisco de Portugal por causa de suposta sonegação de 7 milhões de euros (aproximadamente R$ 21 milhões) no período que ele treinava a seleção daquele país, entre 2003 e 2008.
Se for declarado culpado, Felipão pode ser sentenciado a 17 anos de prisão pelos crimes de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. O brasileiro, no entanto, se defende de todas as acusações.
“Eu sempre fiz todas as minhas declarações de renda corretamente. Em todos os países em que trabalhei. Sempre declarei os meus rendimentos. Tenho a absoluta convicção da correção das minhas declarações. Se há algo errado, não é comigo. Que a Justiça apure todos os fatos”, afirmou Scolari ao ‘Het Financieele Dagblad’.
PARAÍSO FISCAL NO MAPA
Segundo o Departamento de Investigação e Ação Penal de Portugal (Diap), o dinheiro teria sido recebido pela empresa Chaterella Investors e transferido para uma conta do banco Credit Lyonnais, em Miami (EUA). A empresa Flamboyant Sports, com sede na Holanda, escritório nas Bahamas (paraíso fiscal no Caribe) e que detém os direitos de imagem de Felipão, teria recebido uma quantia menor.
As autoridades portuguesas já comunicaram a Justiça dos EUA sobre a investigação em curso e querem saber agora quem são as pessoas que depositaram o dinheiro e os beneficiados.
