Por bernardo.argento

Brasília - A Argentina quebrou o jejum de 24 anos sem chegar às semifinais da Copa do Mundo, superou a ausência de Di Mária - um dos principais jogadores do time -, e bateu a Bélgica por 1 a 0, no Mané Garrincha, neste sábado. Higuaín balançou a rede e grantiu o triunfo.

O duelo marcou a melhor atuação da Albiceleste no Mundial. Bem postada em campo e marcando sob pressão, quase não deu chances para os diabos vermelhos criarem oportunidades de perigo. Romero foi muito pouco exigido e praticamente assistiu à partida dentro de campo.

Nas arquibancadas, os torcedores brasileiros até tentaram dar uma ajuda ao adversário dos hermanos, mas em vão. O que valeu mesmo foram os gritos de apoio a Neymar. A todo instante era possível ouvir: "Ole, Ole, Ole, Ola, Neymar, Neymar". Os argentinos também fizeram um show e entoaram diversas canções para apoiar a equipe em quase todo momento da partida.

Agora, a Argentina enfrenta a Holanda (que bateu a Costa Rica nos pênaltis) nesta quarta-feira, dia 9, pela semifinal da Copa do Mundo. 

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Jogadores comemoram o gol de HiguaínErnesto Carriço

O JOGO

A Argentina começou o duelo no ataque e abriu o placar aos sete minutos. Di María tentou o passe, a bola desviou na zaga e sobrou à feição para Higuaín bater de primeira, sem chances para Courtois. O domínio era total dos hermanos no primeiro tempo. Marcando pressão, não deixavam espaços para Bélgica. O primeiro chute a gol dos Diabos Vermelhos aconteceu somente aos 25. De Bruyne arriscou, Romero espalmou para frente, e Origi não aproveitou o rebote.

Bem na partida, a Albiceleste sofreu um baque. Depois de Di María desperdiçar uma boa oportunidade, acabou sentindo uma lesão muscular e foi substituído por Enzo Pérez. Em seguida, Messi driblou dois marcadores e foi derrubado na linha da grande área. Na cobrança de falta, acabou batendo fortemente e mandou pela linha de fundo. A Bélgica ainda assustou com uma cabeçada de Mirallas, mas os argentinos terminaram em vantagem.

Higuaín voltou para segunda etapa com fome de gol. Primeiro, foi travado pela zaga e quase contou com a sorte para marcar. Depois, avançou, deu uma caneta em Kompany, e na hora de balançar a rede acabou soltando a bomba no travessão.

O técnico belga decidiu mexer na equipe. Fez duas substituições de uma só vez: Mertens e Lukaku entraram no lugar de Mirallas e Origi, respectivamente. A alteração deu mais produção ofensiva ao time. Fellaini aproveitou cruzamento, subiu no terceiro andar, mas testou para fora. Aos 19, Garay tentou cortar bola levantada na área e mandou contra o próprio patrimônio. Romero foi bem e fez boa defesa.

No fim, os Diabos Vermelhos foram com tudo para o ataque. De Bruyne arriscou de longe, a bola desviou na zaga e assustou o goleiro argentino. A Bélgica levantou na área a todo momento, mas em vão. Messi ainda teve a oportunidade de fazer o segundo, mas Courtois salvou. Os europeus até tentaram mais uma vez, no entanto, os hermanos conseguiram se segurar. Fim de jogo e de jejum. Argentina nas semifinais depois de 24 anos. 

ARGENTINA 1 X 0 BÉLGICA

Estádio: Mané Garrincha

Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)

Público: 68.551

Gols: Higuaín (7'1ºT)

Cartões amarelos: Harzad (Bélgica), Alderweireld (Bélgica), Biglia (Argentina)

Cartões vermelhos:

Argentina: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay, Basanta; Biglia, Mascherano, Di Maria (Enzo Pérez); Lavezzi (Palacio), Messi, Higuain.

Bélgica: Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany, Vertonghen; Witsel, Fellaini; De Bruyne, Mirallas (Mertens), Hazard (Chadli), Origi (Lukaku).

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