Rio - Simpático, cabeludo, excelente zagueiro e... artilheiro. Com todas essas credenciais, David Luiz virou o grande xodó da torcida brasileira na Copa. Com dois gols decisivos no mata-mata do Mundial, o nosso xerife é unanimidade como o melhor jogador da Seleção.
O zagueiro mais caro da história custou 50 milhões de libras ao Paris Saint-Germain e joga duro. David intimida, coloca o dedo na cara. Seu jogo é intenso, como as atitudes. É um capitão sem braçadeira. Dá bronca quando precisa, mas é para quem todos correm para abraçar no momento de felicidade. Agora, será o capitão no jogo contra a Alemanha, já que Thiago Silva está suspenso.
David também sabe ser doce. Assim como fez com o colombiano James Rodríguez,após a vitória brasileira nas quartas de final. O zagueiro pediu que a torcida aplaudisse o camisa 10 da equipe adversária, que chorava copiosamente a eliminação.
“Agradeço ao David. Penso que pessoas como ele são um exemplo para o futebol mundial”, disse James Rodríguez, que foi rival de David Luiz em Portugal — o colombiano defendia o Porto e o brasileiro atuava pelo Benfica.
Quatro anos atrás, na África do Sul, pouca gente conhecia o zagueiro que, no futebol português, já chamava a atenção dos grandes clubes europeus. A primeira chance com a camisa da seleção brasileira foi no Mundial sub-20, em 2007, mas as lembranças não foram boas e uma cotovelada em um jogador da Coreia do Sul lhe rendeu um gancho de quatro partidas.
Quatro anos depois, a primeira convocação para a seleção principal. No entanto, a experiência de disputar a Copa América não foi boa. Na reserva, viu a equipe ser eliminada pelo Paraguai.
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Nomeado embaixador Internacional de Boa Vontade das Nações Unidas sobre Aids, David Luiz faz comerciais para oito marcas. E recentemente, recusou oferta de uma cervejaria por não beber e saber que a criançada gosta dele. E não é apenas a garotada. Em todas as cidades que recebem a Seleção, várias meninas levam cartazes e dizem querer casar com o ‘bom moço’, que chega a rivalizar com o fenômeno Neymar no coração das fãs.
No entanto, o posto de nora da dona Regina está ocupado. O zagueiro namora a portuguesa Sara Madeira, mas é discreto. Em relação à família, sai da retranca e abre o jogo: “Minha mãe traz tudo para o estádio. Vem com peruca, corneta, pintura na cara. É minha torcedora número 1. Minha família é meu tudo.”
Jogadores pregam respeito
Tricampeã do mundo, com uma geração talentosíssima, a Alemanha é a adversária mais tradicional que a seleção brasileira terá pela frente até aqui na Copa do Mundo. Jogadores conhecidos em todo o planeta como Müller, Özil, Lahn, Neuer e Schweinsteiger ainda têm outros predicados como equipe.
“Taticamente é uma seleção muito forte, com bons jogadores tecnicamente. Conseguem fazer duas linhas de quatro e se defendem muito bem. Vamos trabalhar para analisar os pontos fortes e fracos, mas o coletivo é o ponto forte deles”, disse o meia-atacante Hulk. E ele acrescenta. “Temos que estar concentrados, não podemos errar”.
O volante Paulinho, que ainda briga por uma vaga na equipe titular, só pensa na Alemanha. “É um grande adversário, com jogadores de muita qualidade. Isso é Copa do Mundo. Para chegar em uma final, temos que passar por muitas dificuldades”, frisa o jogador.
Luiz Gustavo e Dante: Íntimos
Há oito anos atuando na Alemanha, Luiz Gustavo conhece bem os adversários. O volante, que volta de suspensão, já atuou no Hoffenheim, Bayern de Munique e atualmente joga no Wolfsburg.
“Conheço bem os jogadores alemães. Eles têm uma equipe muito qualificada. Mas, assim como a gente os conhece, eles conhecem a gente. Agora é semifinal de Copa e temos que nos preparar bem”, afirmou o volante. Companheiro de Neuer, Boateng, Lahn, Kroos, Müller, Schweinsteiger e Götze no Bayern , Dante disse que falou com eles durante a Copa.
“Desejei sorte a eles nos últimos jogos e só. A gente tem um grande respeito, o pessoal lá não é muito de brincadeiras. Vai ser na seriedade e espero que possamos sair vencedores na partida”, disse o provável substituto de Thiago Silva.
