Por rafael.arantes

Rio - Artilheiro do time com quatro gols, Neymar foi o jogador brasileiro que mais chutou até aqui nesta Copa do Mundo: 18 vezes, quatro a mais que Hulk, segundo da lista. Além disso, há dois anos, um mês e dez dias o torcedor brasileiro assiste aos jogos da Seleção com o craque em campo. O processo de reformulação comandado por Felipão girou em torno do astro, presente em todos os jogos desde a volta do treinador. Números que traduzem a dependência da equipe do camisa 10. E o Brasil tem até amanhã para se desintoxicar.

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Felipão não terá Neymar em campo pela primeira vez desde que retornou para a SeleçãoEfe

Na frieza dos números, pode parecer que a Seleção não sente tanto a falta de Neymar. Em seis jogos sem ele — dos 60 disputados desde a eliminação para a Holanda, na África do Sul —, o time venceu cinco e perdeu um. O aproveitamento de 83,33%, no entanto, esconde um dado importante. Na única vez em que o Brasil não teve seu camisa 10 contra uma equipe que está na Copa, perdeu por 1 a 0 para a França. As cinco vitórias foram diante de Irã (3 x 0), Ucrânia (2 x 0), Gabão (2 x 0), Egito (2 x 0) e Dinamarca (3 x 1).

Os triunfos sem Neymar não servem de referência. Além da fragilidade dos adversários, o técnico Mano Menezes experimentava duplas de ataque que não podem ser usadas por Felipão. Das cinco partidas em questão, em três a linha de frente foi formada por Robinho e Alexandre Pato. Nas outras duas, Hulk fez parceria com Jonas e Leandro Damião. Dos cinco, só Hulk foi chamado para a Copa.

Neymar estreou pela Seleção principal em 10 de agosto de 2010, em amistoso com os EUA. Ele fez um gol, na vitória por 2 a 0. Foi a primeira partida após a derrota para a Holanda, na Copa de 2010. Com ele, o Brasil obteve 35 vitórias, 12 empates e sete derrotas — aproveitamento de 72,22%. Com 35 gols, Neymar é hoje o sexto maior artilheiro da história do país.

DAVID LUIZ FAZ ALEGRIA DA GALERA EM TERÊ

Na ausência de Neymar, David Luiz não deixou a torcida orfã em Teresópolis. Campeão no quesito simpatia entre os astros da Seleção, ele amparou os fãs que acompanharam o jogo-treino com a equipe sub-20 do Fluminense. Mesmo fora da atividde, o zagueiro fez a alegria da garotada tricolor. Os celulares já estavam engatilhados para a sessão de selfies no gramado.

Paciente, o provável herdeiro da braçadeira do capitão Thiago Silva ‘enfrentou’ uma multidão de torcedores para distribuir autógrafos, sem esquecer das marcantes caretas na hora de posar para as fotos. Os demais jogadores, titulares e reservas, já haviam subido para o hotel, enquanto ele ainda garantia um fim de domingo inesquecível para muitos. Herói contra a Colômbia, ele não fugirá da luta nesta terça.

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