Por rafael.arantes

Belo Horizonte - Após longo período de ostracismo, a seleção da Nigéria, umas das principais forças no cenário internacional no fim do século passado, tenta voltar a ser protagonista durante a disputa da Copa das Confederações. As 'Águias Verdes', que no final dos anos 90 chamaram a atenção com o título olímpico nos Jogos de Atlanta, em 1996, e fizeram uma boa campanha na Copa de 1998, voltaram a conquistar um resultado expressivo neste ano, levantando a taça da Copa Africana de Nações.

A seleção, que é comandada por Stephen Keshi, tentará impor sua força em uma grande competição pela primeira vez após a saída de conhecidos nomes que fizeram história com camisa verde e branca, como Nwankwo Kanu, Jay Jay Okocha e Taribo West. Nos últimos anos, as 'Super Águias' não mostraram tanto brilho, tendo ficando de fora na Copa do Mundo de 2006 e sendo eliminada na primeira fase na de 2010.

Mikel é a maior referência da equipe NigerianaDivulgação

A seleção, no entanto, fez campanha nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, ao ficar com a medalha de prata. A Nigéria conquistou no início deste ano a Copa Africana até de forma surpreendente, ao vencer Burkina Faso na final. Para a Copa das Confederações, aposta em uma base formada por atletas que brilham dentro do próprio país. O time é jovem, e tem apenas dois atletas acima de 25 anos. Um deles é John Obi Mikel, líder das 'Águias Verdes'. O meia do Chelsea, é fundamental no esquema de Keshi, assim como seu companheiro Victor Moses.

Outros nomes importantes da equipe são o atacante Emmanuel Emenike, do Spartak Moscou, e o zagueiro Efe Ambrose, co Celtic. A seleção nigeriana foi a última a embarcar rumo ao Brasil para a competição. Na madrugada de quarta para quinta-feira, seus jogadores se recusaram a entrar no avião por rejeitarem a premiação paga pela Federação Nigeriana de Futebol pelo empate contra a Namíbia, pelas Eliminatórias. A delegação enfim embarca hoje, e chega ao Brasil em cima da hora da estreia contra o Taiti, marcada para segunda-feira no Mineirão, em Belo Horizonte. Resta saber se todas as divergências foram superadas.

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