Faleceu no último dia 14, o ex-jogador do Flamengo, Marquinhos Faria, também conhecido como Diabo Loiro da Gávea nos anos 70. Morador de Maricá, Região Metropolitana do Rio, Marcos morreu quando participava de uma partida de futebol no Campo da Amizade, no mesmo município, vítima de um infarto fulminante.
No mesmo dia, durante jogo entre Flamengo e Vasco, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro, os jogadores fizeram uma homenagem ao ex-companheiro com um minuto de silêncio. Marcos também jogou no Japão.
O corpo do ex-jogador foi velado por centenas de pessoas na Câmara Municipal de Maricá. Para homenageá-lo, amigos fizeram um poema:
Marque aquele loirinho!
Disseram uns gozadores...
Eu era pato novo, nas peladas do campinho,
Coordenadas: edifício Clipper, Canto do Rio, 1963, Niterói.
Pensei, tá pra mim, parti prá cima, sou herói...
Veio um vento, um corte seco, sei lá !
Estatelei-me sozinho, atônito.
Sobre latas velhas no canto do muro, ah, ah, ah!
Liceu Nilo Peçanha, alguns anos depois,
Marquinho se divertia, sempre sério, enganando a rapaziada
Sumindo totalmente, com a bola, atrás de uma árvore desfolhada...
Era como de fosse um ninja ocidental!
Para pegá-lo, liso, só usando arma letal...
O local ficou pequeno para seu talento
Só poderia parar em clube de grande investimento...
Assim, com Português, Roberto e outros craques.
Foi de barca pro Mengão do seu coração
Até na Coréia, não sei se do Sul ou Norte,
Mostrou sua arte de grande porte.
Mais tarde foi residir em Maricá
Fez muitos novos admiradores e amigos por lá
Como sempre, ali realizou suas façanhas, gestos de carinho...
Deixando a todos, alegres pelo seu caminho,
Agora, mora no infinito da lembrança...
Quanto a mim, fui fintado mais uma vez por esse gênio
Driblou-me até na hora de sua merecida Missa,
Velho, compareci por engano, a Igreja um pouco distante...
Mas nunca esquecerei seu drible desconcertante.