Rio - Antes da bola rolar na noite da última quarta-feira, no Maracanã, representantes de quatro torcidas organizadas do Flamengo entraram em campo e entregaram um buquê de flores a um policial. O gesto simbólico, inicialmente analisado como um gesto representando um acordo de paz, foi, na verdade, uma homenagem a um ex-membro da corporação do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), assassinado na última segunda-feira.
"Não foi nenhum tipo de acordo de paz. As flores foram uma homenagem ao Sargento Roberto, do Gepe, que faleceu nesta semana. Ele tinha um ótimo relacionamento não somente com a torcida do Flamengo, mas como com a de todos os outros clubes. Era uma pessoa querida, foi assassinado na porta de casa nesta semana. O enterro dele foi na terça-feira e houve uma grande homenagem das quatro torcidas", revelou Marcos Frazão, diretor geral da torcida Raça Rubro-Negra.
Com um bom relacionamento com as torcidas dos clubes cariocas, Roberto da Cruz Silva era querido por torcedores dos quatro clubes grandes do Rio. Assassinado na porta de casa na última segunda-feira, o militar foi enterrado na terça, onde também recebeu diversas homenagens das organizadas.
Na última quarta-feira, a torcida Força Jovem do Vasco também se manifestou pelo falecimento do oficial e divulgou uma nota oficial lamentando o ocorrido.