Por rafael.arantes

Rio - Mano Menezes completou, ontem, três meses no comando do Flamengo. E até agora o time ainda não tem uma identidade. Em 20 jogos, o técnico não conseguiu escalar a mesma equipe duas vezes seguidas. E a missão de fazer do Rubro-Negro tão grande quanto no passado, que ele assumiu quando foi apresentado, está longe de ser cumprida. Nesta quinta, contra o Atlético-PR, no Maracanã, o treinador dá sequência ao trabalho, certamente com o plano de dias melhores no futuro.

Com Mano no banco, o Flamengo venceu oito jogos, empatou seis e perdeu outros seis, com aproveitamento de 50%. Se forem consideradas apenas as partidas válidas pelo Brasileiro, o índice cai para 41,66% — cinco vitórias, seis empates e cinco derrotas.

A evolução que se esperava no Brasileiro ainda é muito tímida. Nas cinco primeiras rodadas da competição, o Flamengo empatou dois jogos e perdeu dois, sob o comando de Jorginho, e venceu uma, com Jaime de Almeida como técnico interino — aproveitamento de 33,33%.

Mano completa três meses no comando do FlamengoAndré Mourão / Agência O Dia

Apesar da diferença para os 41,66% de Mano, se tivesse mantido este índice desde o início, o Rubro-Negro, hoje 13º colocado do Brasileiro, estaria apenas em 12º — passaria só o Fluminense. Quando o treinador estreou oficialmente, o time empatou com o Coritiba em 2 a 2 e caiu da 14ª para a 18º posição.

No dia de sua apresentação, Mano, que vinha de uma passagem frustrada pela Seleção, evitou comparações com o trabalho vitorioso que desenvolveu à frente de Corinthians e Grêmio, que também estavam em processo de reconstrução dentro e fora de campo. O treinador pregou o resgate da grandeza do Flamengo.

“Não vamos buscar referência fora do clube. A referência do Flamengo é o Flamengo. Basta olhar dentro do clube e tentar reencontrar aquilo que, em determinado momento, ficou pelo caminho”, afirmou o treinador, na ocasião.

Mano, porém, esbarra nas limitações do grupo. Uma delas é a falta de poder de fogo. Com 22 gols marcados, o Flamengo tem o quinto pior ataque do Brasileiro, ao lado de Goiás, Atlético-MG e Bahia. Nesta terça, no Ninho do Urubu, o treinador comandou intenso treino de finalização.

Você pode gostar