Rio - O Flamengo inicia nesta quinta, contra o Internacional, às 21h, uma sequência de três jogos no Maracanã. E o desempenho do time no estádio indica que é possível pensar em voos mais altos no Brasileirão, embora o técnico Jayme de Almeida peça para o grupo manter os pés no chão. Na competição, o time tem 72,2 % de aproveitamento em sua verdadeira casa.
Se tivesse alcançado esse índice em todo o campeonato, seria atualmente o vice-líder.
Caso mantenha o desempenho nesses três jogos, conquistará pelo menos seis dos nove pontos.
Apesar dos números sugerirem dias melhores para o Flamengo, Jayme prefere não fazer prognósticos otimistas, como subir na tabela e ganhar moral para o segundo jogo das quartas de final da Copa do Brasil, no clássico com o Botafogo, no próximo dia 23.
“Num sonho, o ideal seria três vitórias para ficarmos mais tranquilos, mas não posso pensar assim. Tem que ser jogo a jogo. Quando chegarmos ao jogo contra o Botafogo (pela Copa do Brasil), a gente vê. Não dá para pensar em saltos maiores e mirabolantes. É preciso ter humildade e entender que é importante trabalhar forte, com união e determinação, para jogarmos bem”, afirmou.
No Maracanã, pelo Brasileiro, o Flamengo jogou seis vezes. Foram quatro vitórias, sobre Fluminense, Vitória, Santos e Criciúma; um empate, com o Botafogo; e uma derrota, para o Atlético Paranaense. Além disso, o Flamengo empatou com o Botafogo e ganhou do Cruzeiro, líder do Brasileiro, pela Copa do Brasil.
Fora do Maracanã, o Flamengo é outro, bem mais fraco. Em 20 jogos, venceu quatro, empatou nove e perdeu sete, com aproveitamento de apenas 30%. O índice é superior apenas aos de Náutico e Ponte Preta.
“O Maracanã é a casa do Flamengo. A torcida apoia sempre”, disse Jayme.
Empresário de Cadu abre o verbo, mas Jayme se cala
Carlos Eduardo está na berlinda há muito tempo. Além das vaias da torcida, dirigentes lamentam com frequência o fato de o meia não ter correspondido às expectativas. A postura da diretoria de expor o jogador no lugar de blindá-lo fez com que o empresário do jogador, Jorge Machado abrisse o verbo.
“Já ouvi entrevistas de dirigentes falando que foi uma contratação errada. Cadu é um jogador que custou caro ao Rubin Kazan. Conversou com vários clubes, e o Flamengo nos ofereceu as melhores condições. É preciso cumpri-las. Acho que está na hora de o futebol brasileiro ser profissional. É uma coisa que chateia muito. Não existe a mínima condição de devolução, a não ser que seja interessante para o Eduardo”, disse à Rádio Brasil.
Jayme de Almeida limitou-se a dizer que Carlos Eduardo é titular e afirmou não estar interessado na polêmica: “Prefiro não saber.”