Por rafael.arantes
Rio - A diretoria do Flamengo levará a briga no Superior Tribunal de Justiça (STJD) às últimas consequências. Enquanto no discurso os dirigentes mantêm a postura de incredulidade quanto ao possível rebaixamento, nos bastidores, há uma certeza: se o Rubro-Negro cair, após o julgamento de segunda-feira, esta edição do Campeonato Brasileiro não acabará este ano.
Flamengo vai brigar contra possível punição no Brasileiroo dia

Como o presidente do STJD, Flávio Zveiter, rejeitou o pedido do Vasco de impugnação do jogo contra o Atlético-PR, o Flamengo corre risco remoto de queda para a Série B. Isto só aconteceria se o clube perdesse os pontos, mas a Portuguesa, não, o que parece improvável. No Flamengo, o caso é tratado como uma tentativa de virada de mesa, embora o procurador do STJD, Paulo Schmitt, considere esse termo e a palavra tapetão pejorativos. Em entrevista à Rádio Band News, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, expôs a sua revolta com o imbróglio.

“Nem vamos falar de queda, porque tenho certeza que não vai acontecer. Mas meu sentimento é de indignação. Estávamos em uma tentativa de moralizar o esporte e, de repente, vemos uma tentativa de golpe contra os princípios éticos e morais que deveriam reger o esporte”, disse o dirigente, direto de Assunção, onde acompanhou o sorteio da Libertadores.
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Para Bandeira de Mello, o Flamengo não errou ao escalar André Santos. Além disso, segundo ele, os jogos do Rubro-Negro e da Portuguesa foram como amistosos.
“Confio na decisão do STJD, mas temos que nos perguntar qual é a definição de Justiça Desportiva. Ela deve trabalhar para que os interesses esportivos se sobreponham a outros interesses. É uma situação extremamente desagradável”, disse ele, que emendou: “Que imagem queremos passar do nosso futebol para o mundo num momento em que os olhos estão voltados para cá? Que o mundo é dos espertos?”