“Vamos lutar até a última instância. Se quiserem tirar meio ponto do Flamengo, independentemente de rebaixamento, não vamos deixar acontecer, isso a torcida pode ter certeza. Não fizemos nada de errado. Vamos levar até as últimas consequências”, disse Tostes.
Fla não cogita perder 'meio ponto' e vai lutar até o fim no 'Caso André Santos'
'Não fizemos nada de errado', avisa Rodrigo Tostes
Rio - Não é só pelo rebaixamento, mas pela honra. Quem pensou que o fracasso do Vasco em pedir os pontos da última rodada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acalmaria os ânimos na Gávea se enganou. Mesmo com o risco remoto de queda, a indignação não se dissipa. O vice de finanças Rodrigo Tostes avisa que o Rubro-Negro vai lutar até a última instância e não aceitará perder nem meio ponto.
Flamengo e Portuguesa podem perder quatro pontos, no julgamento marcado para segunda-feira, por terem supostamente escalado jogadores em situação irregular na última rodada. Há a expectativa de que os dois clubes sejam punidos, o que rebaixaria a Lusa e manteria o Flu na Série A. O Rubro-Negro só cai se for punido sozinho. A diretoria do Fluminense mantém o discurso de que não tem nada a ver com a história, mas acompanha o caso de perto. Tostes evita polêmicas com o rival:
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“Se eu estivesse no lugar deles estaria falando o mesmo. Não cabe a mim julgar se estão fazendo alguma coisa. Não há nenhuma prova, nenhum relato, nenhum fato concreto.”
Para o dirigente, uma mudança na classificação no Tribunal colocaria em xeque a seriedade do futebol, às vésperas da Copa do Mundo. Ele também criticou as declarações do procurador do STJD, Paulo Schmitt, e do auditor Washington Rodrigues Oliveira, desconvocado do julgamento. Ambos revelaram publicamente que defendem a punição de Portuguesa e Flamengo.
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Tostes citou uma entrevista concedida por Schmitt em 2010, quando o Fluminense poderia perder o título brasileiro por ter escalado Tartá, que estaria suspenso. À época, o procurador disse ser contra mudar no Tribunal o que foi conquistado no campo.
“Recuperaram um depoimento do procurador num caso idêntico de 2010 envolvendo o Fluminense, falando em questão ética e moral. Agora diz que seria rasgar o regulamento. São dois pesos e duas medidas. O sentimento que a gente tem é que existem coisas mais importantes que o futebol”, disse o dirigente, que concluiu:
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“Queremos que o resultado em campo prevaleça. Cumprimos o regulamento, não houve má-fé ou alteração no resultado do jogo. Recentemente, o Cruzeiro foi absolvido e pagou somente multa. O jogador não foi punido. Entramos com recurso na terça contestando a punição que o André Santos tomou. Se tiveram essa benesse, por que nós não podemos ter também?”