Rio - A história recente dá a dimensão do quão difícil será a missão do Flamengo chegar às oitavas de final da Libertadores. Com quatro pontos, o time precisa conquistar seis em nove para chegar a 10, número sinônimo de classificação desde 2009.
Para isso, terá que vencer pelo menos um jogo fora de casa, e depois derrotar o León no Maracanã. Quarta-feira, o Rubro-Negro enfrenta o Bolívar, em La Paz, a 3.600 metros de altitude, e, dia 2 de abril, o Emelec, em Guayaquil.
O Colo Colo, em 2008, foi o último time a ser eliminado na primeira fase com 10 pontos. Em 2010, o Deportivo Quito também caiu com a mesma pontuação, mas nesse ano apenas os seis melhores segundos colocados se classificaram, entre eles o Flamengo, mesmo assim empatado com o time equatoriano.
Em 2013 e 2011, São Paulo e Once Caldas passaram com sete pontos. Mas não é bom contar com a sorte. Na última vez em que disputou a Libertadores, em 2012, o Flamengo foi eliminado com oito.
A missão é complicada. O Flamengo só enfrentou uma vez Bolívar e Emelec fora de casa pela Libertadores. Em 1983, a geração de Zico perdeu para os bolivianos por 3 a 1, em La Paz. Contra os equatorianos, outra derrota, em 2012.
Mesmo assim os jogadores mantêm a confiança. Pelo menos no discurso. Everton, autor dos dois gols do Flamengo, anteontem, diz que time precisa esquecer a altitude.
“Eu nunca joguei nessa altura toda. No México, tinha altitude, mas assim não. É complicado. Vamos esquecer isso e pensar somente no time do Bolívar. Ontem (quarta-feira) eu fiquei muito feliz de fazer gols, ajudar o Flamengo. Tive a felicidade de estar no momento certo duas vezes. Aquele lugar geralmente é do Hernane, mas era o meu dia”, disse o camisa 22, que emendou:
“A noite seria mais especial com os três pontos. Ficou um gostinho amargo de não conseguir a vitória. Conseguimos o mais difícil, que foi virar a partida. O torcedor foi com o time, apoiou. Acho que se trabalhássemos um pouquinho mais a bola, poderíamos ter saído com a vitória”
Léo Moura e André Santos voltam quarta
Léo Moura e André Santos fizeram treino físico, nesta quinta-feira, e viajam com o time, domingo, para a Bolívia. O Flamengo sentiu falta da dupla no empate de anteontem em 2 a 2, com o Bolívar, no Maracanã, principalmente por causa da atuação ruim dos substitutos Léo e João Paulo.
Por outro lado, Jayme de Almeida perdeu Cáceres para o jogo de quarta-feira. O paraguaio sofreu uma luxação no ombro direito, no jogo de anteontem. Elano e Léo também saíram machucados. Os dois serão reavaliados hoje e amanhã. Se estiverem bem, viajam com o grupo no domingo. Ambos sentiram um problema na coxa direita.
