Rio - Em seu centésimo jogo pela Libertadores, o Flamengo tem a chance de se posicionar historicamente na competição. Nesta quarta, contra o Emelec, às 22h, em Guayaquil, um empate mantém vivas a chance do time de se classificar para as oitavas de final e a esperança de repetir a conquista de 1981, filha única em 11 participações. A derrota, porém, além de colocar mais um vexame no currículo do clube, reforçará a imagem de que o Rubro-Negro não sabe disputar o principal torneio do continente. Hernane, com dores nas costas, é dúvida para esta noite.
De acordo com o site Flaestatisticas.com, em 99 jogos pela Libertadores, o Flamengo obteve 2 vitórias, 21 empates e 26 derrotas. Foram 187 gols marcados e 120 sofridos. Apesar do retrospecto aparentemente positivo, o Rubro-Negro só chegou à final da competição uma vez, em 1981, quando foi campeão, na sua primeira participação.
Desde que chegou ao Flamengo, o técnico Jayme de Almeida apela à história e à grandeza do clube para fazer os jogadores compensarem as limitações técnicas do grupo com vontade e atitude.
A atmosfera, nesta noite, no estádio George Capwell, será para lá de desfavorável. Diferentemente do que se vê por aqui, os preços dos ingressos praticados pela diretoria equatoriana são convidativos — entre 10 a 30 dólares (R$ 22 a R$ 66). Com isso, a expectativa é de casa cheia, com 21 mil torcedores presentes, na casa que comporta 23 mil pessoas.
Além disso, o retrospecto do Flamengo fora de casa na Libertadores não traz boas perspectivas. A última vez que o time venceu fora de casa pela competição foi em 2010, contra a Universidad de Chile. De lá para cá foram cinco derrotas e um empate longe de seus domínios. Entre essas partidas está uma visita ao Emelec, no mesmo estádio George Capwell, em 2012. O Rubro-Negro foi derrotado por 3 a 2.
Treino fechado e mistério sobre a escalação
Jayme de Almeida fechou o treino de ontem, em Guayaquil, e não revelou o time que entrará em campo nesta quarta com a missão de salvar o Flamengo do vexame de ser eliminado na primeira fase da Libertadores. O treinador tem pelo menos duas dúvidas: quem entrará no lugar de Leonardo Moura, na lateral direita, e se poderá contar com Hernane.
No caso do Brocador, a situação, embora preocupante, é simples. Se as dores nas costas o impedirem de jogar, Alecsandro, artilheiro do time na temporada com dez gols, entra no seu lugar.
Já a lateral direita é motivo de dor de cabeça. O titular e capitão do time está fora, com dores na coxa esquerda, assim como seu reserva imediato, Léo, que sente um desconforto na coxa esquerda. Com isso, Jayme pode repetir o que fez no Carioca e escalar o volante Recife. Outras três improvisações possíveis seriam Paulinho, Gabriel e Chicão.