Por pedro.logato

Rio - A presença de Mano Menezes no banco do Corinthians aumenta o apetite do Flamengo por vitória. O mal-estar gerado pela saída do treinador, em 2013, foi amenizado com o título da Copa do Brasil, mas a atitude repentina não desce até hoje para jogadores, comissão técnica e diretoria. Na receita da vingança, prato geralmente comido frio, acrescenta-se um ingrediente que esquenta a rivalidade: o técnico é freguês do rubro-negro, com cinco derrotas e três vitórias, em oito jogos.

Os números podem ter sabor de equilíbrio. No entanto, transformados em aproveitamento e olhados mais de perto, mostram que o Flamengo é indigesto para Mano, principalmente no comando do Corinthians.

Mano Menezes terá o Flamengo pela frenteDivulgação

À frente do Grêmio, o treinador enfrentou o Flamengo quatro vezes: perdeu uma de 1 a 0 e outra por 2 a 0, mas venceu duas também: 3 a 0 e 1 a 0. A freguesia começou quando Mano deixou o Tricolor Gaúcho para tirar o Corinthians da Série B, em 2008.

Já na elite, em 2009, o time paulista perdeu as duas partidas que disputou contra o Flamengo no Brasileiro: 1 a 0 e 2 a 0. No ano seguinte, pelas oitavas de final da Libertadores, nova derrota no Maracanã, por 1 a 0, e mesmo com a única vitória, no jogo da volta, no Pacaembu, por 2 a 1, Mano foi eliminado da principal competição sul-americana, com um time que tinha Ronaldo Fenômeno.

Domingo, no Pacaembu, mais uma vez Flamengo e Mano Menezes se enfrentam. Será o primeiro encontro entre jogadores e o treinador, após a saída até hoje não compreendida. Mas nem precisa explicar, o freguês tem sempre razão.

Decisão de cabeça quente

Quando Mano Menezes abandonou o barco, nem os jogadores que já o conheciam desde os tempos de Corinthians, como André Santos, entenderam sua atitude. O Flamengo havia perdido para o Atlético-PR por 4 a 2, de virada, no Maracanã, e, cinco jogos antes, sido goleado por 4 a 0 pelo Corinthians, mas também tinha eliminado de forma heroica o Cruzeiro nas oitavas de final da Copa do Brasil.

“Foi uma surpresa. O Mano saiu muito enfezado do jogo, ficou na sala uns 45 minutos e saiu de lá com a decisão tomada. Eu, Chicão, Wallace e Elias ainda fomos conversar com ele, mas não voltou atrás. Ele seguiu a vida dele e nós a nossa”, disse André Santos.

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