Por pedro.logato

Rio - Uma linha frágil separa a relação de amor e ódio entre a passional torcida e o time do Flamengo. Desde que o clube passou a sofrer com fantasmas de rebaixamento ou atravessar fases ruins, momentos de violência marcaram negativamente a sua história. Em 2002, o time de estrelas que tinha Petkovic, Julio César e Leonardo dava vexame na Libertadores.

Numa tarde de sexta-feira de março, mais ou menos 40 vândalos lançaram morteiros no gramado da Gávea e tentaram agredir os jogadores. Na triste cena, o goleiro Júlio Cesar foi perseguido até o vestiário antes de ser agredido, e até Leonardo apanhou.

Torcedores do Flamengo agrediram André SantosReprodução Internet

Mas a cena mais deplorável aconteceu no dia 14 de novembro de 2004, à noite, depois de o time ter sofrido o vexame de ser goleado por 6 a 1 pelo Atlético-MG, e caído para a zona de rebaixamento, a cinco rodadas do fim do Brasileirão. Vários torcedores esperavam os jogadores no saguão do aeroporto Santos Dumont dispostos a arrumar confusão.

Novamente o goleiro Julio Cesar foi agredido, mas dessa vez, revidou. Júnior Baiano conseguiu dar uma gravata em um torcedor.

Mas quem perdeu a cabeça mesmo foi Zinho, que distribuiu socos e pontapés em um homem que tentara bater em seu pai, seu Crizam de Oliveira. A briga, que começou no saguão, terminou no lado de fora do aeroporto.

O time vivia forte pressão após o vexame de ter sido eliminado na Libertadores pelo América do México (0 x 3), do gordo Cabañas, no primeiro semestre de 2008. Em agosto, com o time em 6º lugar no Brasileiro, pelo menos 30 vândalos invadiram o treino e soltaram uma bomba no campo. Com o impacto, o lateral Egídio caiu no chão e estilhaços atingiram Obina.

Houve muito corre-corre e bate-boca. O capitão Fábio Luciano e o lateral-esquerdo Juan foram até uma das grades à beira do gramado conversar com os torcedores. No ano seguinte, os treinos foram transferidos para o distante Ninho do Urubu e o clube passou a ser preservado.

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