Por pedro.logato

Rio - Ao assumir o Flamengo em 2013 prometendo um choque de gestão, a Chapa Azul, encabeçada por Luiz Eduardo Baptista e Wallim Vasconcellos, conseguiu avanços na área financeira, com a diminuição de dívidas. Mas a gestão do futebol se mostra caótica, cheia de crises e turbulências.

Apesar de elenco discutível, a folha salarial do futebol é de R$ 5 milhões (chega a R$ 9 milhões com o pagamento de dívidas antigas). Além disso, a diretoria cometeu inúmeros erros de contratação (poucos reforços vingaram) e administrou mal as demissões.

Ney Franco deixou o comando do FlamengoMárcio Mercante

Em um ano e meio, Vanderlei Luxemburgo será o sexto técnico da atual gestão. Com exceção de Mano Menezes, que pediu demissão, todos os outros tiveram que receber as multas rescisórias. Ou seja, mais gastos. Ney Franco, por exemplo, receberá perto de R$ 1 milhão.

“Infelizmente, as vitórias não vieram e tivemos de interromper o trabalho”, disse Ney em nota oficial.

Além disso, a forma como a diretoria tratou as demissões é motivo de muitas críticas. Dorival Júnior não aceitou reduzir em 50% o salário. Não houve acordo e o técnico saiu cobrando dívida de R$ 3,2 milhões. Já Jayme de Almeida, apesar do título da Copa do Brasil, soube da demissão pela imprensa.

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Com jogadores, mais problemas. O caso mais gritante foi o de Renato. Fora dos planos, ele soube da rescisão por meio de uma nota oficial do Fla no site. Indignado, cobrou na Justiça a multa total (R$ 1,5 milhão) e pediu uma indenização por danos morais.

Para não repetir o erro, o Flamengo enrolou-se com André Santos. Apesar de ter comunicado o jogador de que não contava mais com ele, Felipe Ximenes e diretoria seguiram negando o óbvio publicamente porque não houve a assinatura do distrato, com medo de sofrer nova ação na justiça. Foram desmentidos pelo próprio lateral, que ontem não apareceu no treino.

“Existe uma negociação. o clube procura a quebra de contrato de uma forma amigável”, disse Ximenes, nesta quarta.

Com tantos erros, Wallim se afastou da vice presidência de futebol, que tem sido acumulada por Eduardo Bandeira de Mello. Apesar disso, o ex-dirigente continua com voz ativa e toma as decisões, com a mesma influência e o poder de antes.

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