Por rafael.arantes

Rio - Uma missão dura, mas não impossível. Vanderlei Luxemburgo volta ao Flamengo com o desafio de tirar a equipe da última posição do Campeonato Brasileiro. O embate é complicado, mas o treinador não poupará esforços para fazer da equipe rubro-negra uma verdadeira máquina de vitórias. Se as críticas sobre o elenco são várias, o pensamento do comandante é outra e ao tratar o retorno ao clube como uma grande "convocação", o sentimento é de confiança no melhor trabalho.

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"O momento é de sacrifício, comprometimento... Falam que o elenco é fraco, é isso ou aquilo, mas a resposta vem nos 90 minutos. Quando o Flamengo ganhou a Copa do Brasil ou o Carioca, outras equipes eram fadadas a conquistar. Satisfação em voltar ao Flamengo. Não é um convite, é uma convocação e profissionalmente uma possibilidade muito boa. Estava em um período com a família, vendo coisas pessoais, viajando, conversando com pessoas do futebol de fora do Brasil, trabalhei na Copa do Mundo. Agora, voltei para o mercado, tive sondagens e propostas importantes, mas entendi que ainda não era o momento. Até que surgiu essa proposta, convocação e achei muito bom", disse.

Luxemburgo volta ao Flamengo para tirar equipe de situação delicadaCarlos Moraes

Luxemburgo já chega a projetar a estreia, no clássico contra o Botafogo, como momento crucial para a nova fase no Fla: "Futebol são 90 minutos e é muito bom. Ainda mais em um clássico, onde tudo pode mudar. É sempre muito bom jogar com um rival antigo nosso, bom para sair dessa confusão. É uma boa possibilidade para nós".

Se o assunto for os reforços, a história é outra. O treinador evita comentar qualquer possibilidade de mudança na equipe e garante que confia nos jogadores rubro-negros para darem a volta por cima na crítica situação no Campeonato Brasileiro. O sentimento é de otimismo.

"Vou continuar dizendo que contratação é assunto interno. Vocês têm que buscar a informação, mas é algo que tem que ser tratado internamente. Esse grupo tem condições de sair desta situação. Não vou dizer que é um título. Não tenha dúvidas de que o momento é de sair dessa confusão. O São Paulo, como eu disse, viveu essa situação. O Flamengo campeão brasileiro, virou o turno em 14º, 15º... Acho que vai acontecer coisa boa", comentou.

O lado polêmico ficou por conta das últimas eleições do Flamengo. Após ter apoiado a ex-presidente Patricia Amorim, o técnico volta ao clube justamente durante a gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello, que foi oposição da ex-mandatária no último pleito.

"Existe um rótulo. Estou diante de pessoas que formam opinião. Quero contribuir com a nossa capacidade com esse grupo jovem. Votei na Patrícia e não me arrependo. É democracia. Acho que o Bandeira e seu grupo e estão bem no clube e não tenho porque não trabalhar com ele... São pessoas preparadas e entendem democracia. Minha defesa hoje é pelo Flamengo e pelo grupo. Fico feliz de ter contribuído com o CT e espero dar sequência, não com a Patricia mais, mas com o Bandeira. Quero trazer benefício, sem ser egoísta ou em ficar preocupado em ser mais importante", afirmou.

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