Rio - Vanderlei Luxemburgo contraria uma lógica aprendida por todos na infância para confundir o Fluminense, adversário do Flamengo, neste domingo, no Maracanã. Na teoria, quanto menos peças disponíveis, mais fácil fica de montar o quebra-cabeça. Mas o treinador consegue transformar o óbvio num leque de opções que podem ser encaixadas no lugar de Canteros, suspenso.
Numa análise inicial, Luiz Antonio seria a primeira opção para a vaga do argentino. Vanderlei, no entanto, poderia optar por um volante mais marcador, como Amaral, que entrou no último jogo, ou mesmo Recife. Muralha, por ter qualidade no passe, também surge como uma alternativa. Se resolver mudar o esquema, o técnico pode escolher Gabriel.
“Vou arranjar um substituto. É um jogador que está se adaptando ao clube, ao estilo de jogo do Brasil. Tenho conversado muito com ele, joga nas três posições do meio-campo, já está entrosado com o Márcio (Araújo), Cáceres e Everton. Vamos ver amanhã (hoje) o que vou fazer. Sem vocês (jornalistas) verem, obviamente. De repente mudando esquema”, disse o treinador, enigmático.
Entre as alternativas, Luiz Antonio é quem tem poder de marcação e boa capacidade ofensiva. Mas cai muito pelo lado direito, por onde tem atuado Márcio Araújo. Muralha tem bom passe, embora, além de não encostar no ataque com a mesma frequência, seja menos combativo. Com Recife, ou Amaral, o time rubro-negro perderá em criatividade e dependerá da correria de Everton. Esse pode ainda reforçar o meio-campo se Gabriel entrar.
Jejum de vitórias este ano não abala o treinador
O Flamengo ainda não conseguiu vencer o Fluminense este ano. O Rubro-Negro perdeu por 3 a 0, pelo Estadual, e 2 a 0, no primeiro turno do Brasileiro. Mas Vanderlei Luxemburgo não é chegado a tabus e estatísticas. Para o treinador, o retrospecto não entra em campo.
“É clássico, né? Sempre muito igual. Quando cheguei, o time não ganhava fora, não fazia gol fora... Um momento vai ganhar do Fluminense. Espero que seja este o momento. Mas é difícil, eles têm história e uma equipe de muita qualidade”, disse o treinador.
Vanderlei aprecia o clima de rivalidade: “Gosto de viver essa ansiedade, esse friozinho na barriga. Não faço nada para quebrar (a rotina). Tem uns caras que comem pra caramba (risos).”
