Rio - O pedido de Wallace por um elenco para brigar por títulos vai ao encontro do que a torcida deseja há dois anos e coloca mais pressão à diretoria rubro-negra. Apesar da promessa de um orçamento maior no futebol para 2015, o Flamengo ainda manterá a política de pés no chão para equacionar os cofres. Mesmo assim, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, promete um time bem mais forte no ano que vem.
“Wallace merece todo o respeito e as declarações dele só mostram que os jogadores estão empenhados para tornar o clube mais forte. A opinião dele é importante. O Flamengo está em processo de recuperação financeira e de credibilidade. Hoje é mais fácil atrair parceiros e jogadores. Não há dúvida de que faremos um elenco mais poderoso (do que o de 2014)”, prometeu o presidente.
Para 2015, a diretoria aposta no aumento de arrecadação em patrocínio, bilheteria e no sócio-torcedor. Em carta aos sócios nesta semana, o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, projetou R$ 210 milhões somente com esses três pontos. Entretanto, em 2014, a previsão de arrecadação no orçamento não foi alcançada (de R$ 342 milhões foi para R$ 302 milhões) muito por conta do sócio-torcedor e da bilheteria.
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“Se chegarmos ao nível que queremos, o sócio-torcedor vai representar um aumento de receitas só para contratações”, disse Bandeira, repetindo o discurso desde o lançamento do programa.
Sem deixar de lado a política de priorizar o pagamento de dívidas, o Flamengo vai apostar em nomes sem contrato e jogadores como moeda de troca para buscar reforços. Os primeiros alvos já foram escolhidos.
Luis Fabiano disse que fica no São Paulo. Já o lateral Pará e o volante Matheus Biteco foram requeridos pelos rubro-negros como pagamento de uma dívida do Grêmio pela compra de Rodrigo Mendes, em 2000. O clube gaúcho não negou, mas a liberação dos dois é muito difícil.
GABRIEL COMEMORA BOA TEMPORADA
Recuperado de dores na coxa direita, Gabriel está de volta ao time e quer aproveitar os cinco jogos que faltam para completar a boa temporada. Após um 2013 de mais baixos do que altos, o jovem jogador comemorou a boa sequência que teve, principalmente com o técnico Vanderlei Luxemburgo.
“Tirando as lesões, tecnicamente este ano eu fui bem. Fiz poucas partidas ruins durante todo o ano. Tive um bom ritmo de jogo, mantendo sequência de partidas. Este ano foi muito melhor que o ano passado. Mas quero crescer mais ainda”, afirmou Gabriel.
Apesar do risco de rebaixamento ser quase nenhum, o jogador ainda mostra preocupação e quer aproveitar o jogo em casa contra o Coritiba para chegar logo aos 46 pontos. “Temos que acabar de vez com qualquer coisa que possa nos colocar para baixo. Uma vitória já nos deixará bem encaminhados quanto a isso”, disse.
