Por pedro.logato
Rio - As respostas superficiais expõem o estilo Rodrigo Caetano de trabalhar. Sem falar demais, ele terá a missão de solucionar uma difícil equação: diminuir os gastos e melhorar os resultados em campo. No entanto, o novo diretor de futebol do Flamengo, apresentado ontem, na Gávea, como ‘reforço de peso’, nas palavras do presidente Eduardo Bandeira de Mello, tira a carga de suas costas e tenta desmistificar a função que ele assumiu segunda-feira.

“Sou apenas mais uma peça na engrenagem”, disse Caetano, que já encampou o discurso de austeridade da diretoria: “O ano de 2015 será de travessia, para chegar melhor em 2016. Existem situações em andamento. Vamos dar seguimento, modificar uma coisa ou outra, mas o objetivo é indicar o melhor resultado, com o menor custo.”

Rodrigo Caetano destaca oportunidade no Flamengo e reencontro com Vanderlei LuxemburgoBruno de Lima

Caetano ressalta que seu papel vai além da montagem do elenco e divide responsabilidades. Mas, embora não fale abertamente, ele tem metas a cumprir em um ano de contrato. A expectativa é que o Rubro-Negro esteja na Libertadores de 2016, quando o investimento aumentará:

“Claro que tenho objetivos esportivos, que estão à frente. O carro-chefe é o futebol, mas através de uma boa gestão se atinge os objetivos. A intenção é reduzir gastos, não investimentos, que são coisas diferentes. Vamos integrar cada vez mais as divisões de base e o profissional, o Ninho do Urubu facilita.”
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O trabalho começou a mil por hora. Logo após assinar o contrato, anteontem, à tarde, Caetano se reuniu com o vice de futebol, Alexandre Wrobel, e com Vanderlei Luxemburgo, com quem trabalhou no Fluminense. A conversa só acabou às 23h. Ontem, às 6h, o diretor já estava no batente — foi visitar o Ninho do Urubu com o CEO do Flamengo, Fred Luz.
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Além dos detalhes da pré-temporada, Caetano recebeu a planta das negociações em andamento. A procura por um ídolo é apontada como prioritária por Vanderlei: “Quando você busca qualidade, se aproxima da construção do ídolo. Ou você o faz em casa ou identifica um jogador extra-classe que se adeque à realidade financeira.”
Mas a principal arma do time, segundo ele, está na arquibancada: “Vi como adversário a força da torcida e quero viver isso a favor.”
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Wrobel ratificou o discurso de Caetano, mas garantiu uma equipe melhor na próxima temporada: “Tenho convicção de que, em 2015, teremos um time mais forte e competitivo. Não posso ser leviano de prometer grandes contratações. Estamos atentos ao mercado. Existe a possibilidade de grande contratação, mas não queremos criar ilusões.”