Rio - Vanderlei Luxemburgo não quer que o clássico com o Botafogo se transforme numa espécie de abertura das homenagens a Leonardo Moura. Comemorar antes da hora pode fazer o Flamengo queimar a largada e chegar de ressaca no dia da festa, quarta-feira. Neste domingo, a batida será de comprometimento e respeito, como costuma cantar a torcida, para o drinque final descer redondo, embora o capitão só brinde com água.
“É um jogo oficial. A despedida é quarta-feira (contra o Nacional-URU, no Maracanã). Merecida, são dez anos de clube. Mas domingo (amanhã) não é. O comportamento dele em Pelotas foi exemplar. Coloquei ele numa função tática de marcação, diferente da característica dele. E ele marcou o tempo todo”, disse o treinador.
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A mistura de festa e trabalho costuma bater mal no Flamengo. Em 2008, o clima da despedida de Joel Santana contaminou o time, que foi eliminado de forma vexaminosa pelo América do México, no Maracanã.
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Vanderlei gosta de comemorar, mas sabe que brincadeira tem hora. Em dias de folga, às vezes o treinador oferece um churrasco em casa para seus comandados. Uma confraternização que reforça a união do grupo. Quando o jogo é à vera, porém, ele prefere a sobriedade.
“O Flamengo não falou em festa. Vocês (jornalistas) que comentam sobre isso. Nós não queremos festa em jogo oficial. Para isso foi arranjada a data de quarta-feira”, afirmou Vanderlei, que espera que Léo Moura não entre em campo em clima de fim de festa: “Tem que jogar o jogo e corresponder. Não adianta se poupar. Ele está sabendo do risco que corre, não é anda que ele não soubesse.
Quando o jogo contra o Botafogo acabar, a missão de Léo Moura com a camisa do Flamengo estará cumprida. Serão os últimos 90 minutos de suor pelo time de coração. Depois, restará apenas a partida derradeira, esta, sim, regada a homenagens.
