Rio - O momento do Flamengo é turbulento. Quatro derrotas em cinco jogos, torcedores sendo recebidos pelo diretor-executivo Rodrigo Caetano no Ninho do Urubu, além das tradicionais chegadas e partidas no elenco. O clube rescindiu com o atacante Alecsandro, que está indo para o Palmeiras, mas se aproximou, e muito, de um velho conhecido: Emerson Sheik. Em meio a tudo isso, o time encara a Chapecoense, às 18h30, no Maracanã, lutando para sair da zona da degola.
A ideia da comissão técnica era a de que Alecsandro fosse aproveitado contra a Chapecoense. O jogador chegou a ser relacionado. Mas as declarações após a derrota para o Cruzeiro, dizendo que não queria sair do clube e culpando a diretoria, não foram bem digeridas e as partes acordaram a rescisão no início da noite de sexta..
Com Emerson Sheik, as conversas evoluíram. O jogador deve aceitar uma substancial redução nos salários que ganhava no Corinthians — de R$ 520 mil para R$ 250 mil, o equivalente ao que recebia Alecsandro.
"Conseguimos chegar a um valor bom para os dois lados. Tem outros clubes interessados, mas sou flamenguista e a minha vontade é de voltar. Ainda não tem nada assinado", disse o jogador em entrevista à Fox Sports.
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Sheik prefere atuar mais aberto e terá muita concorrência no Flamengo, que conta com Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Gabriel para a posição. Se o torcedor espera muitos gols do atacante, é melhor se precaver.
Depois do título mundial do Corinthians, foram três anos de poucos gols pelo Timão e uma passagem tumultuada e apagada pelo Botafogo. Sheik fez 103 jogos e apenas 14 gols, média de 0,13 por partida. Números bem piores do que os de Alecsandro, que tem média de 0,43, com 32 gols em 73 jogos.
O Flamengo quer espantar a crise e encontrou um bom adversário para isso. Em seu segundo ano na Série A do Brasileiro, a Chapecoense tem aproveitamento de 19% como visitante: são apenas três vitórias em 21 partidas.
CRISTÓVÃO CONTA COM A FORÇA DA NAÇÃO NO MARACANÃ
Com duas derrotas em dois jogos pelo Flamengo, o técnico Cristóvão Borges já faz um apelo à nação para que o time escape da má fase.“Juntos, nós da comissão técnica, jogadores, diretoria e todos os que participam do Flamengo, estamos trabalhando com muita esperança devido a tudo o que acompanhamos. E aí temos a nossa torcida, que é a nossa grande força e é sempre decisiva”, afirmou o treinador.
Cristóvão pediu um pouco de compreensão: “É paciência sem morosidade. Às vezes, pelo excesso de vontade, a ansiedade aumenta, mas o comportamento foi mais equilibrado na quarta-feira. Fomos mais organizados. Amanhã (sábado)teremos um jogo diferente do de quarta. A obrigação é total nossa, contra adversário bem colocado.”