Rio - A crise no Flamengo fez o presidente Eduardo Bandeira de Mello dispensar o posto de chefe de delegação da seleção brasileira na Copa América Centenário. O dirigente abriu mão do "cargo" na CBF para se concentrar nas medidas para solucionar os problemas rubro-negros.
"Quando aceitei o convite da CBF para chefiar a delegação da Seleção Brasileira nos Estados Unidos, o Flamengo vivia um momento bem menos conturbado do que o atual. Logo, em função da necessidade de reencontramos o caminho dos resultados positivos no futebol, seguirei próximo ao clube, assim como tenho feito desde que assumi a presidência em 2013. Em respeito à Seleção, comparecerei ao jogo de estreia na Copa América diante do Equador, dia 4", justificou o presidente do Flamengo.
Bandeira prometeu anunciar mudanças no departamento de futebol do Flamengo nesta semana. O clube vive crise política e em campo. O diretor-executivo Rodrigo Caetano sofre pressão. Além disso, o Rubro-Negro aguarda o posicionamento de Muricy Ramalho, que faz exames para saber se continua à frente do time ou não.
O presidente do Flamengo foi duramente criticado por ter aceitado o convite de ser chefe de delegação da Seleção. O fato foi encarado como uma contradição à postura de brigar por melhorias no futebol contra a CBF.
Confira o comunicado da CBF
Por razões ligadas à administração do Clube de Regatas do Flamengo e em face do longo período de ausência que se faria necessário, o presidente Eduardo Bandeira de Mello solicitou à Confederação Brasileira de Futebol sua dispensa da função de chefe de delegação da Seleção Brasileira durante a Copa América Centenário, entre os dias 3 e 26 de junho, nos Estados Unidos. Ainda assim, como forma de prestígio e apoio ao selecionado nacional, Bandeira comparecerá a alguns jogos do torneio, incluindo a estreia, em 4 de junho, diante do Equador.
Em razão disso, o vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima acumulará as funções de chefe de delegação do Brasil durante a competição.