Por jessyca.damaso

Rio - Com a finta desconcertante antes da assistência a Diego, Berrío deixou para trás o lateral-esquerdo Victor Luis e parte da desconfiança da torcida. Ao mudar de direção com um drible da vaca, num corte de letra, o atacante pode ter alterado o rumo de sua trajetória no Flamengo. O colombiano, pela ponta direita, no Maracanã, mesma faixa de campo que consagrou Joel, pelo Fla, e Garrincha, com a camisa do Botafogo, criou a jogada que resolveu o jogo da última quarta-feira e ganhou de vez espaço no coração da nação rubro-negra.

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Berríomania começa a tomar conta do MengãoGilvan de Souza / Flamengo

No mesmo Maracanã, Berrío terá a chance de fazer história novamente. O Flamengo quer enfrentar o Cruzeiro, pelo jogo de ida da decisão, em 7 de setembro, no estádio. A partida de volta será no Mineirão, 20 dias depois. O gol fora não é critério de desempate.

Claro que Berrío está longe de ocupar um lugar perto de monstros sagrados como Joel, que fez 116 gols em 414 jogos pelo Flamengo, entre 1951 e 1963. Mas, ao menos, começa a justificar os R$ 11 milhões investidos em sua contratação. Campeão da Libertadores de 2016 pelo Atlético Nacional, à época comandado por Reinaldo Rueda, o atacante chegou ao Flamengo este ano sob grande expectativa.

Apesar da velocidade de Berrío, que provoca comparações com o jamaicano Usain Bolt, a adaptação ao futebol brasileiro não se mostra um processo rápido. Nas 35 partidas que já fez pelo Flamengo, o atacante só foi titular em 16 e atuou por 90 minutos somente duas vezes. Por duas oportunidades, ficou no banco sem ser utilizado por Zé Ricardo. Agora, com Rueda, começou duas das três partidas que o time disputou.

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