Rio - Torcedor declarado do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo deve assistir ao Fla-Flu de domingo, no Maracanã, pela televisão ou na arquibancada — mas não do banco de reservas do time das Laranjeiras. Insatisfeita com a série de sete partidas sem vitória no Brasileiro e preocupada com o risco de queda, a diretoria do Tricolor deve confirmar sua demissão.
Depois de um dia inteiro de negociações nas Laranjeiras, Luxa seria mantido no cargo, mas houve uma reviravolta no caso após uma longa conversa entre o presidente do clube, Peter Siemsen, e o presidente da patrocinadora, Celso Barros, que, a princípio, era contra a demissão. Siemsen, por sua vez, era o maior defensor da saída do treinador e parece que vencerá a queda de braço. O principal argumento dele é o fato de que Luxemburgo não tem mais o comando do grupo.
O nome do possível substituto ainda não está definido. Siemsen, Celso Barros e Rodrigo Caetano, diretor de futebol, se reuniram à noite na casa do presidente da patrocinadora para discutir as opções no mercado.
O técnico também vem sofrendo forte pressão do grupo político que apoia Siemsen (Flusócio), principalmente após a vergonhosa derrota para o Vitória por 3 a 2, no Maracanã, mesmo com o time jogando quase todo o tempo com um a mais.
A três pontos da zona de rebaixamento, o Fluminense tem que buscar a reabilitação justamente no Fla-Flu. E o detalhe é que o desempenho do Tricolor em clássicos regionais neste ano é terrível: o time jogou dez vezes, perdeu sete e empatou três.
